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madrugada sombria

sábado, 28 de junho de 2014.
Uma sombria madrugada, enquanto eu meditava, fraco e cansado, sobre um estranho e curioso volume de folclore esquecido; enquanto cochilava, já quase dormindo, de repente ouvi um ruido. O som de alguma levemente batendo, batendo na porta do meu quarto. "Uma visita," disse a mim mesmo, "está batendo na porta do meu quarto só isto e nada mais."


Ah, que eu bem disso me lembro, foi no triste mês de dezembro, e que cada distinta brasa ao morrer, lan鏰va sua alma sobre o chão. Eu ansiava pela manhã. Buscava encontrar nos livros, em você, o fim da minha dor - dor pela ausente Leonor - pela donzela radiante e rara que chamam os anjos de Leonor - cujo nome aqui não se ouvirá nunca mais.
'Numa sombria madrugada, enquanto eu meditava fraco e cansado sobre um estranho e curioso volume de folclore esquecido ...' (Ilustra玢o de Gustave Dor�)

E o sedoso, triste e incerto sussurro de cada cortina pura - me emocionava - me enchia de um terror fantástico que eu nunca havia antes sentido. E buscando atenuar as batidas do meu cora玢o, eu só repetia: " apenas uma visita que pede entrada na porta do meu quarto - Uma visita tardia pede entrada na porta do meu quarto; - é só isto, só isto, e nada mais."


Mas depois minha alma ficou mais forte, e na mais hesitando falei: "Senhor", disse, "ou Senhora, vos imploro sincero vosso perdi. Mas o fato é que eu dormia, quando tu gentilmente chegastes batendo; e tu suavemente chegastes batendo, batendo na porta do meu quarto, que eu não estava certo de vos ter ouvido". Depois, abri a porta do quarto. Nada. Só havia noite e nada mais.

'Abri a porta do quarto. Nada. S� havia noite e nada mais.' (Ilustra玢o de Gustave Dor�)
Encarei as profundezas daquelas trevas, e permaneci pensando, temendo, duvidando, sonhando sonhos mortal algum ousara antes sonhar. Mas o silencio era inquebrável, e a paz era imael e profunda; e a fica palavra dita foi a palavra sussurrada, "Leonor!". Fui eu quem a disse, e um eco murmurou de volta a palavra "Leonor!". Somente isto e nada mais.


De volta, ao quarto me volvendo, toda minh'alma dentro de mim ardendo, outra vez ouvi uma batida um pouco mais forte que a anterior. "Certamente," disse eu, "certamente tem alguma coisa na minha janela! Vamos ver o que está nela, para resolver este mistério. Possa meu coração parar por um instante, para que este mistério eu possa explorar. Deve ser o vento e nada mais!"



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