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As Mulheres de Lemb

quinta-feira, 30 de abril de 2015.

“The Women from Lemb”, ou “As Mulheres de Lemb”, é uma estátua esculpida em calcário descoberta em 1878 em Lemb, no Chipre — embora ela teria sido confeccionada em 3.500 a.C. Segundo os historiadores, representaria uma entidade considerada a deusa da fertilidade.

A estranha influência do artefato teria começado depois de ser adquirida por Lord Elphont. Em seis anos de posse da estátua, todos os sete membros da família tiveram mortes misteriosas. Os dois donos seguintes da obra de arte, Ivor Manucci e Lord Thompson-Noel, bem como seus familiares, também faleceram em um curto período de tempo após comprarem a escultura.

A lista de vítimas não acaba aí: o quarto comprador, Sir Alan Biverbrook, faleceu junto com sua esposa e duas de suas filhas. Assustados com as “coincidências”, os dois herdeiros sobreviventes dos Biverbrook resolveram doar a estátua para o Museu Real da Escócia, em Edimburgo, onde ela permanece até hoje.

Porém, logo após o item chegar ao museu, o chefe da seção na qual o artefato foi armazenado faleceu repentinamente. Apesar de nenhum curador ter admitido as propriedades supernaturais da escultura, ela foi colocada em um domo de vidro e há muitos anos ninguém a manipula. E foi por tudo isso que a obra foi apelidada de “A Deusa da Morte”.


                                                                                                                                  FONTE
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Aquela Noite

quarta-feira, 29 de abril de 2015.
Preciso de ajuda, por favor, ajuda. Depois daquela noite não serei mais o mesmo, nunca. Depois do ocorrido daquela noite, choro nos momentos menos propícios a lagrimas, tudo depois daquela noite.



Vocês conseguem imaginar o que aconteceu comigo? Não? Sim? Bom, talvez não tenha acontecido nada, talvez tenha sido só um sonho, mas um sonho tão real que faz com que eu duvide das minhas próprias palavras quando digo “talvez não tenha acontecido nada”. Sabe aquela sensação que temos de que algo vai acontecer? Eu tenho essa sensação todas as noites quando olho através da janela do meu quarto e vejo a lua “olhando” pra mim.
Naquela noite eu estava sozinho em casa, como em muitas outras. Porém naquela noite, por algum motivo especial, eu estava com medo, medo de algo que eu nem sabia o que era, então nem me perguntem.
O dia daquela noite terrível foi normal, como qualquer outro. Acordei, fui pra faculdade, estudo medicina, quero ser um médico legista, bom, queria. Na sala que eu estudava haviam muitos alunos que faziam faculdade de medicina só por fazer, porque sabem que médicos não ganham tão mal assim. Mas eu tenho amor pelo meu manto, exceto quando chegava aquela professora vadia, Rose. Ela dava aulas de Psicologia Médica. Pra mim era um monte de merda saindo da boca de uma professora de merda. Além de não saber explicar a matéria, Rose era uma sapatão que dava encima de todas as alunas “na cara dura”. Rose usava um microfone e na sala de aula haviam várias caixas de som de onde a voz desta era amplificada, então imaginem uma professora de Psicologia Médica flertando com as alunas oferecendo nota em troca de… bom… vocês sabem.
Deixando a professora vadia pra trás, o dia até que foi legal. De noite saí com uns amigos pra um bar, bebi além da conta e acabei sugerindo que fossemos brincar de verdade ou desafio em um cemitério próximo dali. Meus amigos, todos chapados também, aceitaram. Fomos então para o cemitério, denominado ”Vale do Descanso”. Ao entrar no Vale do Descanso, peguei uma garrafa que estava ali e sugeri que fosse usada como “seta” para o nosso jogo. Todos concordaram e começamos a brincadeira. Dali só saíram informações que é melhor ficarem mantidas em sigilo… Ainda no cemitério, estava bebendo uma garrafa de vodka no gargalo, eu não estava muito legal, estava vendo tudo turvo e quando percebi desmaiei. Era madrugada quando eu “acordei”, zonzo, com gosto de vômito na garganta e amarrado numa árvore. Sim, amarrado numa árvore.
Foi nesse momento que o desespero começou, eu estava amarrado numa árvore muito grande, onde haviam vários corpos nus pendurados por cordas em seus galhos. Tinha muito sangue no chão.
Tentava de todas as formas me desamarrar, mas era em vão. Alguns minutos após as minhas tentativas em vão de me desamarrar, vejo uma imagem turva vindo em minha direção, na verdade era quase como uma circunferência de uma pessoa, só que sem cor alguma. Foi nesse momento que eu comecei a gritar como uma menina desesperada, exclamando com toda a minha força “sai daqui!”, “me deixe em paz!” ou também “quem é você?”. Eu estava praticamente gritando sozinho, porque aquele cara sequer fazia um barulho de respiração. Foi quando, num piscar de olhos, ele sumiu e repentinamente apareceu do meu lado, com sua “boca” próxima ao meu ouvido, sussurrando: “Sou eu quem irá te matar.”. Naquele momento senti um calafrio que subia do meu dedão do pé, até o fio de cabelo mais ralo da minha cabeça. Só consegui pensar em gritar e pedir para aquele cara me soltar.
Lembro-me muito bem da época que eu era criança e que dizia que não tinha medo do escuro, que não tinha medo de monstros e que se visse um em algum dia da minha vida, eu iria matá-lo sem dó e nem um pouco de piedade. Mas agora passando por essa situação, no escuro e com um “monstro” me deixando amarrado à uma árvore cheia de pessoas mortas em seus galhos, eu não tenho toda essa coragem que dizia que teria.
Eu rezei muito, pedi tanto que ele me soltasse que, de repente, ele me soltou e disse “Acho que você não é tudo aquilo que eu pensei que fosse. Se você conseguir correr o suficiente e sair do meu Vale em 3 minutos, eu não te mato, mas, se você não o fizer, você verá o que vai te acontecer.”. Eu corri, corri como se nunca mais fosse parar. Eu estava com tanto medo, que contei na minha cabeça 180 segundos, tempo limite para eu sair dali. Cai, me arranhei e torci o pé, mas nada me impediria de sair daquele local. Corria e olhava pra trás, para conferir se estava sozinho ou perseguido. Pulei a grade do Vale do Descanso e bati a cabeça no chão.
Novamente acordei zonzo e com gosto de vômito na garganta, numa cama de hospital, com o pé engessado e todo cheio de curativos. Nesse momento fiquei extremamente feliz e orgulhoso por ter conseguido sair do Vale do Descanso em menos de 180 segundos. Mas mesmo estando vivo, eu estava com uma sensação estranha, como se não tivesse acabado ou como se não tivesse ocorrido. Eu podia ter bebido um pouco além da conta e me machucado, talvez tenha sido isso.
Hoje faz uma semana que eu me machuquei no bar, estou totalmente recuperado dos ferimentos e sozinho em casa. Estou debaixo das minhas cobertas, com medo da vida, porque mesmo que aquilo tenha sido apenas um sonho, me perturbou muito.
Agora me pergunto se realmente vale a pena eu ficar aqui, com medo de tudo, com medo da vida, por causa de uma coisa que não aconteceu. Vou tomar banho e dar uma volta, espairecer um pouco me fará bem.
Esse banho foi muito relaxante, só preciso da minha toalha, eu tenho certeza que estava aqui. Cadê a minha toalh… Nossa… Que carta é essa?


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Avaliação do Médico Legista, Dr. Cornwey


Rodrigo Daffre Ventura estava com uma carta costurada em sua mão, com a seguinte mensagem:


“Oi, lembra de mim? Desculpa por ter feito você passar pelo que passou na semana passada, eu sei que foi horrível. Bom, lembra do nosso combinado? Se você conseguisse sair do Vale do Descanso em 3 minutos eu deixaria você viver e se não conseguisse você descobriria o que iria acontecer. Bom, você vai descobrir o que vai acontecer.”


Todos os órgãos internos de Daffre foram retirados e após esse processo, o assassino se preocupou em costurar todos os tecidos onde se localizavam os órgãos. As córneas de Daffre foram retiradas e introduzidas cirurgicamente, uma em cada palma da mão do mesmo.




Durante a autópsia pude perceber que o assassino era/é um cirurgião com conhecimento avançado em medicina, pois todo o procedimento foi realizado da forma que um cirurgião, da classe mais alta, realizaria.





                                                                                                                                   FONTE
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Cães do Inferno

terça-feira, 28 de abril de 2015.

Os Cães do Inferno (Hellhounds) são cachorros sobrenaturais encontrados no folclore. Uma grande variedade de cães demoníacos é bastante conhecida nas lendas de todo o mundo.


As características que têm sido atribuídas aos cães do inferno ao longo do tempo são: pele preta ou vermelha brilhante, olhos de fogo amarelados ou vermelhos, super força ou velocidade, características espectrais ou fantasmas (tais como teleporte e intangibilidade), mau cheiro, ou às vezes até mesmo a capacidade de falar.

As lendas que envolvem tais cães demoníacos dizem que se alguém olhar para seus olhos três vezes, certamente irá morrer e ser levado para o inferno, pois freqüentemente são associados ao Cérbero (o cão de três cabeças que guarda o grande portão do inferno). Eles são geralmente treinados a ficar de guarda nas entradas para o mundo dos mortos como os cemitérios e necrópoles infernais, realizar tarefas relacionadas com a vida após morte, ou o sobrenatural, tal como a caça de almas perdidas ou vitimas de pacto com demônios.

Os cães do inferno são comuns nas series e filmes de ficção, exemplos disso são:

Buffy, no episodio de numero 20 da terceira temporada, a caçadora é obrigada a lutar contra um canil demoníaco, treinado apenas para matar.




Em Sobrenatural, os cães infernais são controlados pelos demônios, e um deles é responsável por levar a alma de Dean Winchester para o inferno, mas nunca são vistos na câmera.

                                          
                                                                                   
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O Portador dos Dois Objetos

segunda-feira, 27 de abril de 2015.
Qualquer cidade, em qualquer país do mundo, vá a qualquer hospital psiquiátrico, chegue à recepção e diga ao atendente que você deseja ver "O Portador dos Dois Objetos". Um momento, uma hora, uma eternidade irá passar e você será tomado por imagens que vem direto aos seus olhos, você verá o mundo se massacrar. Horrores presenciará - filhas arrancando tiras de carne de suas mães com ganchos de aço e dentes, pais alimentando-se com os olhos de seus filhos - você saberá que é o causador de seus tormentos. Sua angústia será a única maneira de escapar, junte seu grito ao deles para que não percebam sua presença, não dê nenhum sinal de que você sabe que o atendente ainda está ali, ou ele lhe dará as costas e o deixará lá para morrer.

Uma eternidade, uma hora, um momento vai passar e o atendente finalmente o trará de volta de toda a ilusão, ele saíra do balcão e abrirá uma porta que está atrás de si. Siga-o com cuidado, ele é traiçoeiro e vai deixá-lo em locais escuros, onde seus gritos nunca serão ouvidos nem seus ossos encontrados.

Ao fim deste caminho escuro, você perceberá algo quebrando abaixo de seus pés, esses são os crânios e ossos de crianças. Mais a frente você encontrará um jovem acorrentado a uma laje de ferro irregular. Seu guia irá lhe mostrar em uma mão um martelo e na outra uma lâmina, você deve escolher uma. Se você pegar a lâmina, será o mesmo que desistir de sua busca, você pode até pedir por um fim rápido. Não será dado.

Você deve pegar o martelo e, quando o fizer, desfira um golpe na cabeça do jovem com toda a força que você tem e mais. Embora ele seja inocente, não tenha piedade. Cubra as caveiras em seus pés com o sangue do rapaz. Assim que o rapaz falecer você se encontrará do lado de fora do hospital. O martelo ainda estará em sua mão e o sangue nunca sairá dele.


Este martelo é o 53º objeto de 538. "Ele só deve ser usado mais uma vez, ore para não seja sua a mão que o empunhará".
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The Little Mermaid ( A Pequena Sereia ) [ CURTA ]

domingo, 26 de abril de 2015.
Eu estava dando uma olha em alguns curtas ,e achei esse aqui bem interessante . Deem uma olhada ai :3

Comentem o que acharam dele !




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Torturas Aplicadas na Ditadura

sábado, 25 de abril de 2015.



As práticas de torturas foram utilizadas em grande escala, principalmente nos dois maiores períodos ditatórias que o Brasil viveu, sendo eles o do Estado Novo (1934-1945) e do regime militar (1964-1985).





Durante esses períodos, com maior intensidade no regime militar, a população foi impedida de exercer seu direito de participação das decisões do governo. O funcionamento do Estado de terror separava a população brasileira em dos grupos: o grupo dos “verdadeiros cidadãos” (aqueles que na época aceitavam o regime) e o grupo dos “inimigos internos” (que no caso seriam os comunistas, opositores o regime e traidores dos princípios democráticos).

As formas de torturas variavam dependendo da região, por exemplo, em São Paulo e Rio de Janeiro preferiam usar “pau-de-arara”, em Minas Gerais davam preferências a outros métodos, isso não quer dizer que não recorriam a esse. O grau de sofrimento da tortura aumentava principalmente se o torturado fosse “queixo-duro”, isto é, aquele que não soltava informações facilmente, este sofria mais e mais até responder o que era pedido ou morrer.

Segue a baixo as formas mais conhecidas até hoje : 


PAU-DE-ARARA – O método mais conhecido, pelo menos, acho que todos já ouviram falar dessa tortura, onde o preso ficava semi nu, com pé e mãos amarrados e pendurados por uma barra de ferro que era fixada entre cavaletes, essa posição causa fortes dores e atrozes no corpo, o preso além de ficar suspenso aguentando o próprio peso do corpo, recebia choques, pancadas e
era queimado com cigarro.


CADEIRA DO DRAGÃO  – Nesse método o preso era obrigado a sentar-se na cadeira, totalmente nu, e recebia choques pelo corpo todo, para aumentar a intensidade dos choques, alguns torturadores colocavam também nos prisioneiros um balde de metal.

BALÉ NO PEDREGULHO – O preso “bailava” sobre pedregulhos com pontas agudas, como tentativa de amenizar a dor que sentia por ter os pés perfurados, além de agüentar isso o preso teria que suportar temperaturas abaixo de zero com água gelada e as palmatórias em lugares sensíveis.

TELEFONE – O “telefone” era uma das formas mais cruéis de tortura, no final o preso poderia ficar com os tímpanos rompidos e assim perder a audição, na entrevista que o ex-tentente Araújo deu a Veja ele descreve o método :

“Araújo - Tinha gente que dizia que no telefone vinha inscrito US Army (indicando que era produto das Forças Armadas americanas). Balela. Era 100% brasileiro. O método foi muito usado nos Estados Unidos e na Inglaterra, mas o nosso equipamento era brasileiro.

Veja — E o que é o telefone?

Araújo — É uma corrente de baixa amperagem e alta voltagem.

Veja — De quanto?

Araújo — Posso pegar o manual para informar com certeza. Mas não tem perigo de fazer mal. Eu gostava muito de ligar nas duas pontas dos dedos. Pode ligar numa mão e na orelha, mas sempre do mesmo lado do corpo. O sujeito fica arrasado. O que não se pode fazer é deixar a corrente passar pelo coração. Aí mata.”




AFOGAMENTO NA CALDA DA VERDADE – O torturado tinha a cabeça mergulhada em um balde ou tanque cheio de água com detritos (urina, fezes, vômitos). Depois disso, o preso ficava vários dias sem poder se banhar como complemento da tortura, que tinha como objetivo reduzir a auto-estima.

AFOGAMENTO COM CAPUZ – A cabeça do preso era encapuzada e submergida em córregos ou tanques com água turva. Quando o prisioneiro tentava respirar, o capuz molhado entrava nas suas narinas, deixando o sem fôlego resultando em um mal-estar horrível.

MAMADEIRA DE SUBVERSIVO – Esse método era utilizado quando o preso estava sofrendo outra tortura como o pau-de-arara. Os torturadores davam para o preso uma “mamadeira” com urina quente e forçado a boca da vítima que era forçada a engoli.


SORO DA VERDADE – Injetava-se no preso pentotal sódico, uma droga que produz sonolência e reduz as inibições. Sob os efeitos do “soro da verdade”, o preso contava coisas que sóbrio não falaria. Não era totalmente confiável as declarações do preso sob o efeito da droga, e ela poderia levar a morte.

MASSAGEM – Enquanto o preso estava encapuzado e algemado, o torturador massageava de forma violenta os nervos mais sensíveis do corpo do preso. Essa massagem além de trazer muita dor, causava paralisação no corpo da vítima.

GELADEIRA – Dentro de uma cela minúscula, o preso era colocado e nela não conseguia ao menos ficar em pé, os torturadores mudavam o sistema de refrigeração do frio ao calor extremo, além de aguentar a mudança drástica de temperatura, o preso também tinha que suportar os altos falantes com ruídos irritantes. Essa tortura era longa, durava dias, e o prisioneiro era privado de água e alimentação.
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sexta-feira, 24 de abril de 2015.
Como vocês devem saber, o popular programa "Du, Dudu, e Edu" teve passado por um longo período de tempo.. 02:20

Entretanto, entre 07 de Outubro de 2003 e 21 de Outubro de 2003, o episódio 34 foi acidentalmente lançado uma semana antes do que foi programado. Também alguns em torno do escritório souberam que o escritor principal estava doente com gripe, e ao invés de ir fazer o episódio 34, era suposto que o programa iria reprisar o episódio 1. Às 5:00 da manhã no leste, pessoas relataram um episódio novo muito perturbador estreando no Cartoon Network - algumas crianças ficaram desventuradas o suficiente ao vê-lo.

Aparentemente a qualidade do episódio era medíocre quando foi mantido aos padrões regulares. A animação era agitada, o som era contraído e muito abafado. Houveram relatos de uma linha passando em cima e em baixo, similar a uma fita VHS em mal estado. O cenário foi descrito como "completamente escuro e depressivo sem objetos de fundo; parecendo tempestuoso."

Além disso, os personagens se comportavam de forma estranha. Ao invés das personalidades normais (personagens bobos e travessos), as pessoas que assistiram se queixaram que eles pareciam extremamente agitados, gratuitamente odiosos um aos

Uma imagem que resume o episódio.

outros, e constantemente ficavam prestes a soluçar após as linhas. O protagonista também sussurrava de uma forma muito ruim - ninguém sabe porque, mas ele falava num tom de voz sexual e isso mais incomodou os espectadores.

Eu fui um desses espectadores.

O episódio começou com Edu andando pela rua com Du. Eu percebi que Dudu não estava com eles. Havia uma câmera angular vindo da frente dos dois mostrando eles andando em direção ao espectador. Edu estava com a expressão zangada que ele sempre faz quando algo dá errado, e seus olhos estavam vermelhos em volta da íris. Du parecia absolutamente desamparado e praticamente arrastado atrás Edu, com lágrimas em seus olhos - que foram ambas preguiçosas e olhando para duas direções diferentes.

Kevin, o antagonista da série estava dirigindo sua bicicleta ao lado oposto de Du e Edu, em direção a eles. A câmera ficou embaçada e pequenos gemidos foram ouvidos de Edu antes que Kevin o atingisse - o que nunca aconteceu porque a tela ficou preta.

A tela voltou ao normal e Kevin estava outra vez indo em direção até Edu - a imagem estava tão embaçada naquela parte que tudo o que eu vi foi um borrão verde indo em direção a um borrão amarelo. Outra vez, o gemido baixo, mas desta vez estava soando como se o microfone estivesse quebrado e uma estática barulhenta veio,ofuscando grandemente o gemido.

Uma sequência de animação em massinha de Dudu na cama de Edu apareceu. Honestamente deve ter sido a indelicadeza, mas eu pulei e senti calafrios. Acordando e levantando da cama, ele moveu-se estranhamente para em volta do quarto circular, com o rápido ruído surdo de passos sendo o único áudio. Os sons dos passos poderiam ser ouvidos claramente quando foi mostrado para mim uma panorâmica dele correr rapidamente em volta do quarto.

Não havia nenhuma porta visível ali.

Dudu começou a gritar (soava como um Martes pennanti) quando ele moveu-se sem controle em volta da cela do quarto cada vez mais rápido até a tela começar a borrar novamente, fazendo a cor roxa do quarto engolir um borrão laranja.

Um close extremo da porta da frente da casa de Edu veio, num silêncio absoluto por um longo tempo enlouquecedor - pelo menos 2 minutos de um silêncio morto e uma porta.

Depois nós vemos Jimmy e Sarah num doutor de algum tipo (provavelmente médico por via oral). Jimmy, obstruído de vista por causa de uma lâmpada pendurada, está chorando muito alto com Sarah tentando confortá-lo de um forma invulgarmente quente. 'Isso Sarah... isso dói...' De repente, a porta da sala é arrombada por um personagem, um dentista. Seu rosto não foi mostrado porque ele era alto o bastante para sair da visão da câmera. Sarah foi escoltada para fora da sala, Jimmy foi mostrado. O seu aparelho estava deformado, a frente estava dobrada para cima, esticando seu lábio fazendo-o rasgar em altas proporções. A frente de suas gengivas estava escorrendo sangue, e estava faltando dentes. A parte pertubadora foi que ele perdeu ambos braços e pernas antecipadamente aparentemente, e ficou paraplégico. Eu quase chorei quando tive a conclusão que os outros tinham batido nele e entortaram seu aparelho. A câmera permaneceu em seu rosto mutilado, ainda como uma figura, silenciosa como sempre.

Começaram a passar os comerciais.

Nós somos instantaneamente atacados com Rolf, que está muito peludo, em sua cabana escurecida socando repetidamente sua vaca. O visual se repete e fica embaçado de novo quando a cena dá uma pane.

Nazz está lendo uma revista em seu sofá. A qualidade agora é perfeita.

Edu está sozinho agora, sem Du. A qualidade começa a ficar pior do que antes e ele ainda está andando, o sol agora iluminando o clima um tanto quanto ele sorri e começa a correr. A porta é mostrada outra vez e nós vemos através dos olhos de Edu como ele chega e a abre. A casa dele é boa e brilhante, mas um violino está sendo mal tocado - o único áudio nessa cena quando ele vai andando dentro de sua casa. Edu abre a porta do seu quarto.

Johnny é mostrado debaixo do amortecedor do sofá de Nazz quando ele rasteja em todos os quatro pés do sofá de uma forma cômica e aparece atrás dela, ainda esquecido. Eu ri porque alguém esqueceu de desenhar seus olhos e pensei numa toupeira. De repente, eu parei de rir quando ele começou a engolir a cabeça dela, ainda numa forma cartunesca é claro, mas isso estava diferente. Os dois ficaram assim até ela começar a chutar e a procurar libertar-se. Johnny deixou-a desta maneira até deixar sobrar os membros dela. Um zoom no rosto dele revelou olhos humanos, extremamente pequenos.




Dudu estava deitado no chão de Edu, não mais em animação de massinha. A câmera mostrou a casa de Edu pelo restante do episódio (mais ou menos 3 minutos), e o próximo programa começou.
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O Boneco Robert

quinta-feira, 23 de abril de 2015.

Tudo começou logo no início dos anos 1900, em Key West, na Flórida, quando um garotinho chamado Robert Eugene Otto — ou apenas Gene — ganhou de um dos empregados do casarão onde morava um estranho boneco. O brinquedo media pouco mais de 1 metro de altura e estava vestido com roupinha de marinheiro, e o menino decidiu batizá-lo com seu próprio nome, Robert.
Amigos inseparáveis

Depois de ganhar o boneco, o menino não desgrudou mais do brinquedo, e não demorou em os pais de Gene e os serviçais que trabalhavam na residência começarem a ouvir o garoto ter longas conversas com Robert. O mais sinistro é que eles escutavam duas vozes completamente diferentes e, no início, simplesmente deduziram que o menino tinha diálogos com o boneco usando sua voz normal e outra com uma entonação modificada.

Com o tempo, os pais de Gene começaram a ter dúvidas sobre essa segunda voz que ouviam... O garoto muitas vezes acordava aos gritos no meio da noite, sendo encontrado muito assustado em sua cama e rodeado por móveis virados. Além disso, brinquedos mutilados passaram a surgir pela casa e várias coisas estranhas começaram a acontecer.

Gene também tinha acessos de ira frequentes, e culpava o boneco por todas as ocorrências misteriosas. Os pais do menino não acreditavam muito nas acusações do filho, mas diziam ouvir risadinhas horripilantes — supostamente de Robert — pelo casarão. E com o passar dos anos, o boneco se transformou no companheiro inseparável de Gene, tanto que o brinquedo inclusive ganhou um lugar à mesa e “dormia” com o garoto na mesma cama todas as noites.
Assombração



Depois de adulto, Gene herdou o casarão e, após se casar, o brinquedo foi colocado em um dos quartos da casa. Logo começaram a circular rumores sobre crianças que diziam ver Robert encarando-as pela janela ou aparecendo em diferentes locais da casa durante o dia. Além disso, pessoas que visitavam o local diziam ouvir passos vindos do andar cima, assim como risadinhas estranhas. A esposa de Gene inclusive dizia notar mudanças nas feições do boneco.

Robert ocupou esse quarto específico até a década 70, quando Gene e a esposa faleceram, e a nova família que se mudou para o casarão logo começou a ser assombrada pelo boneco. O brinquedo apavorava especialmente a filha do nos novos moradores, e até hoje — mais de 30 anos após ter ocupado a residência e convivido com Robert —, ela ainda se sente traumatizada pelas experiências horripilantes e garante que o boneco a torturava.
Vodu


Dizem que o empregado que deu Robert de presente a Gene era adepto do vodu e, descontente com seus chefes, teria enfeitiçado o boneco. Atualmente, o casarão em Key West foi convertido em um pequeno hotel, e Robert se transformou em uma atração do museu local. Segundo os funcionários que cuidam da manutenção do estabelecimento, o boneco continua pregando pequenas peças de vez em quando e assombrando os visitantes.

Tanto que uma das recomendações é a de que todo mundo que vai até o museu conhecer Robert se apresente e sempre peça permissão do boneco antes de tirar qualquer foto. Aliás, ao redor da caixa de vidro onde Robert de encontra existem inúmeras cartas de pessoas suplicando pelo perdão do boneco por tê-lo clicado sem consentimento e pedindo que ele remova a maldição que jogou sobre eles.



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O Mosteiro de Satanás

quarta-feira, 22 de abril de 2015.
1952, quinta feira, dia 23 de dezembro. Leonel sai de casa para passar o natal com a família no Rio de Janeiro. Nas estradas mineiras chovia como ele nunca tinha visto antes. Sozinho no carro Leonel sentiu um calafrio como se estivesse prestes a morrer. Na mesma hora ele parou o carro. Começou a sentir febre e a suar frio. Na estrada não passava um veículo e a chuva tinha apertado mais. Quase cego com a tempestade Leonel avista uma luminosidade não muito longe dali. Caminhando com dificuldade o pobre homem chega até o portão do queparecia ser um mosteiro franciscano . Ele bate na porta e grita por ajuda mas desmaia antes dela chegar.

Leonel acorda com muita dor de cabeça em um quarto escuro. Ele estava deitado numa cama simples e pela janela podia ver que a chuva não havia reduzido. Quando tentou levantar-se da cama a porta se abre e um homem alto vestido de monge entra no quarto. "Você deve deixar o mosteiro imediatamente." falou, com uma voz preocupada. "Estou doente, não podem me mandar embora deste jeito, por favor deixe-me ficar.", agonizou Leonel quase chorando. O monge não disse mais nada e se retirou do recinto. Preocupado em ter que ir embora Leonel se levanta e sai do quarto sorrateiramente. O lugar mais parecia um calabouço medieval. O coitado não sabia o que fazer. Por instinto Leonel desce as escadas da masmorra. Uma voz o chama. Ela vem de uma cela, a porta está trancada e pela pequena grade um homem magro de cavanhaque conversa com Leonel. "Amigo, você precisa me ajudar. Esses monges me prenderam aqui e me torturam quase diariamente. E eles farão isso com você também se não fugirmos logo. Por fa..."Antes do sujeito concluir o monge alto grita com Leonel. "Saia daí!!!" agarrando-o pelo braço o monge arrasta o enfermo rapaz escada acima. O pobre Leonel não tinha forças para reagir e foi levado facilmente.

Já em uma sala gigantesca repleta de monges Leonel se vê como um réu sendo julgado. O franciscano que parecia o líder falou. "Rapaz, você deve ir embora imediatamente. Foi um erro nosso tê-lo deixado entrar aqui. Sabemos do seu estado de saúde mas não podemos deixá-lo ficar". Leonel mal ouviu o homem e desmaiou novamente. O infeliz viajante acorda mais uma vez na masmorra.

A porta do quarto estava aberta e Leonel sai a procura do homem que estava preso no andar de baixo. Sem vigília, ele consegue chegar até a cela do magrelo. Mal se aproxima e Leonel é surpreendido com o sujeito na pequena grade já pedindo ajuda. “Por favor, me tire daqui. Eles vão nos torturar, eles são de uma seita maligna. São adoradores de Satanás.” Tremendo como uma vara verde em dia de chuva, Leonel corre atéum pequeno depósito em busca de uma ferramenta capaz de abrir a cela. Minutos depois ele retorna com um imenso pé de cabra.

Com um pouco de esforço a porta é arrombada. O sujeito magro sai correndo da cela e rindo como se uma piada hilária tivesse acabada de ter sido contada. Sem saber do que se tratava, Leonel corre também, mas dá de cara com um monge de quase dois metros de altura. “ O que você acaba de fazer, maldito?!” Rugiu o franciscano. “Me solte! Me solte seu filho de Satanás!” Gritava Leonel tentando se soltar do agarrão do monge. Com um olhar de temor e raiva o homem alto encara o pobre Leonel... “Você não sabe o que fez... sua vida está condenada agora. Você acaba de libertar o próprio Satanás. E ele fará de você o seu servo predileto. Sua alma será dele”. Logo após o monge ter terminado de falar Leonel dá um grito de pavor... seu último grito de pavor. Naquele instante o pobre e inocente viajante acaba de ter um fulminante ataque cardíaco que levou sua alma literalmente para os quintos dos Infernos, ao lado do, agora, seu eterno mestre, Satanás.
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Hipocampo

terça-feira, 21 de abril de 2015.
O Hipocampo (Grego: hippos = cavalo, kampi = monstro1 ) é uma criatura mitológica partilhada pela mitologia Fenícia e Grega. Tem tipicamente sido descrito como cavalo na parte anterior do seu corpo como peixe na parte posterior como a cauda de um peixe escamoso, como um cavalo-marinho.

Na mitologia grega, o hipocampo servia de companhia e montaria às nereidas e de animal de tração ao carro de Poseidon. Criados por Poseidon a partir da espuma do mar, são animais com caudas de peixe brilhantes, semelhantes ao arco-íris, e a parte frontal de seus corpos são de corcel branco. Os hipocampos são as montarias do exército de Posidão. Homero associa Posidão, que era o deus dos cavalos, tremores na terra e no mar, causados pelos cascos de bronze dos cavalos sobre a superfície do mar, e Apolónio de Rodes, sendo conscientemente arcaico em Argonautica, descreve o cavalo de Posidão que emerge do mar e galopando para longe do outro lado das areias líbias.

Em imagens helenísticas e romanas, no entanto, Posidão (ou Netuno) muitas vezes leva uma carruagem marítima puxada por hipocampos. Assim, hipocampos são associados com esse deus em ambas as representações antigas e as mais modernas, como nas águas do século 18 na Fonte de Trevi em Roma.

O aparecimento de hipocampos em água doce e água salgada é contra-intuitivo para uma audiência moderna, embora não a antiga. A imagem grega do natural ciclo hidrológico não tem em conta a condensação de água na atmosfera em forma de chuva para reabastecer o lençol freático, mas imaginou a água do mar sendo "reabastecida" através de cavernas e aqüíferos.
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Rapunzel

segunda-feira, 20 de abril de 2015.
O conto da Rapunzel pertence originalmente a Charlotte-Rose de Caumont de La Force, publicado em 1698, mas teve adaptação dos Irmãos Grimm em 1812. O conto não teve muitas mudanças drásticas, apenas foi amenizado durante os anos.

Rapunzel era o nome de um vegetal, e a mãe de Rapunzel convence ao marido pegar um pouco dessa planta para que coma, então ele entra em um jardim proibido, pois sua mulher estava querendo desesperadamente o vegetal, e esse desejo era um sintoma de sua gravidez. O Jardim era da propriedade de uma feiticeira, que pegou o homem e o acusou de furto, ele explicou a situação, mas em troca a bruxa queria que lhe entregassem a filha que iria nascer.

A Bruxa lhe da o nome de Rapunzel, o nome da planta que seu pai biológico furtou, então, a vida de Rapunzel com sua nova mãe ia bem, até que completou doze anos, a Bruxa colocou-a em uma torre, onde era impossível subir sem uma escada, mas o cabelo de Rapunzel nunca tinha sido cortado, e era conservado como uma enorme trança. Quando a feiticeira chegava toda manhã, ela gritava: ‘Jogue suas tranças de ouro Rapunzel’. Assim a menina jogava, e a Bruxa subia levando comida.

Um dia um príncipe escuta Rapunzel cantando dentro de sua torre, mas logo avista a Bruxa chegando, e presta bem atenção como ela faz. Depois que ela vai embora, o príncipe diz a mesma coisa, e Rapunzel joga novamente as tranças, ele sobe e assim começa um namoro, depois de algumas visitas, o namoro é regado a sexo até que Rapunzel fica grávida, e não conhece os mistérios de um parto ou uma barriga, então pergunta para sua mãe por que o seu vestido está crescendo e esta ficando apertado em torno do estomago.

Com raiva, a Bruxa percebe que ela esta se encontrando com algum homem, ela corta a trança de Rapunzel que a expulsa da torre, colocando-a em um deserto das proximidades. Depois espera o príncipe chegar, e joga as tranças de Rapunzel, assim que ele sobe o cabelo, fica frente a frente com a Bruxa, então ela o empurra lá de cima, e ele cai em espinheiro que o fura os olhos, assim tornando-se cego.

Rapunzel e o príncipe ficam separados um tempo no começo, mas depois quando ele caminha mesmo batendo nas arvores, escuta uma musica como se tivesse escutado pela primeira vez quando conhece Rapunzel, assim os dois se encontram e as lagrimas de Rapunzel curam a cegueira do príncipe, logo após isso, ele leva Rapunzel ao sei reino, e podemos dizer que este é um final feliz, mas ninguém sabe o que aconteceu com a Bruxa ou os filhos de Rapunzel.

Moral da Rapunzel Original: O amadurecimento de uma criança para a vida adulta não pode ser interrompido, e as mulheres grávidas podem ter desejos estranhos enquanto estão grávidas.
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Alguns Avisos E Mudanças !

Ola Tenebres !


Devido à muitos imprevistos pessoais devo minhas desculpas pela ausência >-----<'

Estava em semana de provas na facul e outras coisas mas vou me esforçar para postar direitinho agora :3

Segue a baixo o nome Cronograma do Blog :3


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Terças - Monstros, Criptozoologias , Mitologias e Ovniologia


Quintas - Lendas , Religiões , Curiosidades , Demônios ,Objetos Amaldiçoados , e Deuses


Sexta - Curtas , Desafios , Mistérios ,Diários e Ep. Perdidos

Sábados - Rituais , Torturas , Assassinos , Casos e Deep Web

Domingos - Curtas Metragens , Próprias Autorias , e  Coisas Assustadoras



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Sob o Gelo

sexta-feira, 17 de abril de 2015.
06h52min

Outro pesadelo; acordei em uma piscina de suor, meu coração batia forte e minha cabeça doía de forma anormal. Vi o sol pela janela e percebi que ele havia começado a nascer há pouco tempo, fazendo com que os demônios e a escuridão da noite voltassem de onde eles tinham vindo. A sombra cobria meu quarto como se fosse uma jaula. Eu sentei, achei meu relógio no criado-mudo e coloquei no pulso.

Peguei meu rifle que estava debaixo da cama, fazendo com que uma garrafa quase vazia de uísque caísse no chão. Isso explica a dor de cabeça...

Alcancei a garrafa e a joguei no lixo um momento depois, percebendo que seja lá o que eu tenha feito na noite passada, estava esquecido a partir de agora. Comecei a polir minha arma calmamente, e a contar os segundos, acompanhando meu relógio. Isso é monótono, eu sei... Mas me acalma. É parte da minha rotina.

Minha rotina me mantém vivo.

Minha rotina me mantém são.

Coloquei a arma ao meu lado e olhei para a janela, enquanto o sol escalava as montanhas com seus raios amarelos. É uma manhã calma... Mas mesmo assim, eu não podia aproveitá-la.

Não consigo tirar a minha atenção do meu sonho; as pessoas costumam me dizer que elas não conseguem se lembrar dos sonhos delas, mas não eu. Meus sonhos ficam gravados no meu cérebro como um filme, esperando para aparecer assim que eu consigo um momento de paz.


Estava escuro e eu estava me escondendo, de que? Não sei. Mas eu sabia que estava lá, eu podia sentir seu cheiro diferenciado. Eu podia ouvir seus pesados e lentos passos. Fechei os olhos, na esperança de que isso fosse me proteger...


Consegui ouvir os passos cada vez mais próximos até que eu simplesmente não escutei mais nada, e, pensando que o pior havia passado, abri meus olhos. Na minha frente estava uma figura – uma mulher – sua face fina estava coberta com longos e molhados fios de cabelo, eu não conseguia ver os olhos dela, mas sabia que ela podia me ver.


Então eu acordei.


Não consigo me lembrar da última vez que tive um sonho agradável, merda... Não acho que em algum momento da minha vida eu tenha sonhado com algo agradável. Quando eu era mais novo, morria de medo do escuro e acordaria gritando á noite. Minha mãe ia ao meu quarto, na tentativa de me acalmar, e me dizia para focar apenas no som da sua voz.


Ela me dizia para pensar em coisas boas, e que essas coisas boas, fariam com que meus pesadelos nunca mais voltassem.


Isso nunca funcionou.


Coisas boas não vinham á minha mente tão fácil assim, então, os pesadelos sempre prevaleciam.


Mas eu não acho que isso seja uma coisa ruim... Nunca entendi o termo “bons sonhos”. Isso aumenta demais a expectativa das pessoas, e pesadelos te mantém realista, com os pés no chão, preparado antecipadamente pra qualquer coisa!


A vida pode ser terrível, mas as merdas que acontecem contigo nunca se igualariam ás que acontecem nos teus sonhos.


Pelo menos é isso que eu digo á mim mesmo.


08h24min


Eu fiz um café da manhã rápido, carne de coelho, uma porção pequena, eu sabia que isso não me sustentaria até o outro dia, então, se eu quisesse jantar, precisaria caçar outro.


Olhei para o meu relógio novamente, tentando cronometrar o dia, se eu saísse agora, ainda conseguiria cortar lenha antes do pôr do sol. Entre tentar ficar aquecido e cozinhar algo ontem, acabei não fazendo muita coisa antes do anoitecer, e se tinha alguma coisa pior do que uma noite fria nas montanhas, seria uma noite fria no escuro e com fome.


A mente começa a vaguear quando você é deixado sozinho na noite, se enche de escuridão, e de qualquer coisa que encontra, e na maioria das vezes, te mostra as coisas que você menos quer ver.


Peguei meu casaco e meu rifle e andei em direção a porta; assim que abri, pude sentir o vento congelante invadindo o lugar e meu rosto, o que me fez perceber que se eu não quisesse morrer congelado, teria que ir e voltar o mais rápido possível. Minhas antigas pegadas criaram um caminho na neve, por causa da minha última aventura na floresta. Eu as segui, pisando exatamente nas mesmas marcas do dia anterior; cada pegada esmagava a neve, fazendo com que o silencio ao meu redor, se enchesse de eco.


A floresta escondia o pequeno terreno onde minha cabine ficava; as árvores eram imensas e atrás delas, as montanhas tomavam lugar... Mas atrás das montanhas... Eu não sei. Não me importo. Esse grande pedaço cheio de neve é minha casa, meu reino.


Eu mantenho o mundo exterior longe de mim, e ele faz o mesmo. É um inexplicável pacto que continua me servindo muito bem nesses três últimos anos. Eu detesto o mundo que eu deixei para trás – todos os dias eu me via perto de pessoas que eu não conseguia aturar – era demais pra mim. Eu não me lembro exatamente quando percebi que não aguentava mais, mas um dia, eu simplesmente soube, e eu tive que sair enquanto pude... Enquanto havia algum resquício de sanidade em mim.


12h31min


Olhei pro meu relógio e depois para o sol, em meio ao emaranhado dos galhos. Estou nessa trilha de merda há três horas, seguindo-a incansavelmente por esse labirinto de árvores. Toda vez que consigo uma boa mira, o bastardo resolve se mexer! Eu o segui até o penhasco, e me escondi atrás de uma árvore caída; apoiando meu cotovelo em um galho, sujo e molhado, esperando que ele em algum momento cansasse de correr e me desse uma trégua dessa perseguição.


Já estou aqui há algum tempo, mas caça exige isso. Calma. Muita calma. Porém, estou acostumado. Quando você tem uma vida como a minha, paciência é uma grande parte dos seus dias. Amanhã talvez eu resolva caminhar e passar na casa do Harry com uma lista de coisas que estão faltando aqui, e talvez eu até construa algumas armadilhas. Faria a caça ser muito mais fácil, e eu poderia usar o tempo livre para me ocupar de outras maneiras... Mas, eu nunca me importei com o fato de ter que caçar; tenho certa satisfação em cozinhar um animal que eu mesmo cacei, só esse pensamento faz meu estômago roncar.


Pelo menos ele parou de se mexer, tento mirar no seu pequeno e gordo corpo, quando vejo algo no canto dos meus olhos. Por baixo da camada grossa de neve, vi algo borrado, que me lembrava uma sombra, se mexendo calmamente. Eu andei por essas florestas vezes suficiente pra saber que ninguém mais mora por aqui, então, o que é aquilo? Tentei me convencer de que era um tronco, mas, se mexia demais; Era algo vivo.


Meus olhos encararam a frente novamente, o coelho havia desaparecido. Eu me distraí por um momento e agora ele havia sumido! Soquei o tronco no qual estava apoiado, machucando um pouco a mão.


NÃO.


Não posso deixar isso me atingir assim, eu demoro muito pra me acalmar depois que me aborreço. Se eu ficar com raiva, nunca mais conseguirei focar novamente e não poderei pegar esse merdinha. Caminhei até o lugar que ele estava e tentei achar as pegadas que ele provavelmente havia deixado e a sombra abaixo do gelo se mexeu novamente.


Eu podia ver claramente, era uma grande silhueta, praticamente dançando embaixo do gelo. Abaixei a arma e me aproximei, percebendo que a forma era praticamente... Humana. Tentei enxergar pelo gelo, mas não havia onde eu pudesse ver, a camada era muito grossa. Nada sobreviveria ali; coloquei um pouco do meu peso sobre o gelo, estava sólido, talvez estivesse seguro e eu pudesse andar em cima. Passo a passo eu comecei a me aproximar da figura que certamente era humana.


Isso é impossível... Como chegou lá embaixo? Como está vivo?


Fiquei de joelhos e tirei o excesso de neve que descansava ali, uma mão estava pressionada do outro lado. Uma fina e frágil mão. A mão de uma mulher; ela tinha uma marca de anel, e a julgar pelo dedo, presumi que era de uma aliança. Coloquei minha mão no gelo para encontrar a dela, pensando em um jeito de conseguir tirá-la dali. Olhei ao redor e não achei nenhuma pedra pra quebrar o gelo.


Levantei por um momento e depois que percebi, estava abaixo do gelo, sentindo a água fria tocando-me.


A temperatura estava tão fria que queimou minha pele no primeiro toque, meu corpo inteiro simplesmente parou e eu comecei a afundar, mas não demorou muito até que minha mente percebesse o que havia acontecido e foi nesse momento que meus braços involuntariamente começaram a se mexer, tentando me colocar pra cima.


De alguma forma eu alcancei o topo, me apoiei no gelo que ainda estava lá e coloquei todo meu peso nos cotovelos, numa tentativa de sair de uma vez dali. O vento gelado parecia sol de verão comparado com a água que eu havia nadado segundos atrás.


Eu deitei parado, depois de finalmente conseguir sair, e encarei o céu, tentando respirar calmamente. Minha cabeça ainda girava e meu cérebro ainda parecia congelado, como se ainda estivesse imerso naquelas águas.


A mulher. O que aconteceu com ela? Levantei e olhei para o buraco onde havia caído, ela não estava mais lá. Ótimo. Isso é exatamente o que eu precisava. Sem comida e agora essa mulher desaparece.


Levantei novamente, temendo que o gelo fosse quebrar mais uma vez e comecei a andar em direção a minha cabana, e pude, imediatamente, sentir a diferença assim que pisei em um chão realmente sólido, mesmo estando com as botas encharcadas. Eu precisava tirar as roupas antes que eu ficasse doente ou tivesse hipotermia.


Eu quase tive hipotermia quando me mudei pra cá, e não é o tipo de experiência que eu gostaria de ter novamente.


Peguei minha arma e comecei a andar em direção ás minhas próprias pegadas, seguindo-as de volta pra casa. Aquele maldito coelho. O odeio por me trazer até aqui. Amanhã, eu vou matar aquele merdinha e vou ter a refeição mais satisfatória da minha vida.


Não consegui parar de pensar na mulher enquanto eu andava pelas árvores, eu tentei me convencer de que minha frustração e fome fizeram com que eu tivesse uma ilusão. Fizeram-me ver coisas que não estavam lá. Mas algo sobre ela parecia conhecido; aquela mão, aqueles dedos e aquela marca anel. Tão estranho, mas ao mesmo tempo, tão familiar.


16h15min


De alguma forma eu cheguei em casa, realmente não sei como consegui. Depois de meia hora caminhando na neve, comecei a parar repetidamente por cansaço. Queria deitar lá, e esperar que o frio me consumisse.


Mas algo sobre morrer ali parecia estranho; como se eu tivesse desistido. Eu não queria morrer desse jeito.


Em uma época da sua vida, a morte é algo que você não conhece. É algo que você sabe que existe, e que você imagina que pode acontecer, mas ainda é só fantasia. Algo que ainda está fora de alcance, que não aconteceria tão cedo com você.


E então, ela simplesmente chega. E é como uma visita inoportuna que se recusa á sair da sua casa. Infiltra-se na sua pele. Você não pode vê-la, mas sabe que ela está lá, pelo resto da sua vida, mesmo que o resto seja curto, ela espera pacientemente até que consiga te alcançar de todas as maneiras possíveis.


Coloquei minha arma embaixo da cama e minhas roupas molhadas próximo á lareira; ainda estava queimando, mas eu sabia que não ia durar muito. Também não estava me aquecendo como eu queria, mas eu sabia que as roupas iriam secar.


Sentei-me e observei o fogo, e lentamente, o frio começou a passar. No começo, a mudança brusca de temperatura me incomodou, mas eu ignorei e logo a temperatura voltou ao normal e o incomodo passou.


Depois de estar quase completamente seco, sai de casa e observei o céu. Eu tinha pelo menos uma ou duas horas até o pôr do sol, então, andei até o outro lado da cabine e peguei meu machado.


Mesmo que cortar lenha seja uma atividade cansativa, é o tipo de cansaço que eu aprecio. Quando eu fico tenso por causa de um dia ruim, eu uso isso para descontrair; e hoje foi um péssimo dia.


É bom sentir a madeira do machado em minhas mãos.


Aproximei o machado da minha cabeça e com um só movimento cortei a lenha, partindo-a em duas.


Tão satisfatório.


18h02min


Uísque me aqueceu de um jeito que só o álcool conseguiria fazer, o sol já se pôs e minha casa está cheia de luz laranja florescente. Observei a lareira, enquanto o fogo devorava as toras que eu havia cortado. As chamas ficavam cada vez mais fortes assim que a lenha ficava mais fraca, e, eventualmente, tudo que vai restar é cinza; tanto da lenha quanto das chamas.


Tomei mais um gole do uísque e sorri enquanto a ideia de ciclo infinito pairava na minha cabeça. Eu geralmente tento economizar minhas bebidas para ocasiões importantes (Por exemplo: quando eu posso apreciar propriamente uma boa comida); mas eu tive um dia longo e eu simplesmente não me importo. Continuo enchendo minha boca com o líquido e depois engolindo, sinto minha garganta queimar como o inferno enquanto desce, porém logo a sensação passa.


Está tarde.


A garrafa está praticamente vazia, eu provavelmente deveria ter parado há algum tempo atrás, mas eu não me importei. Eu merecia um trato depois da merda de dia que tive. É possível até dizer que eu esteja curado; eu ainda me lembro de quando eu costumava beber desse jeito na cidade, depois de uma semana longa de trabalho, os Sábados eram os dias que eu passava com a cara enfiada em algum bar com copos e mais copos de uísque nas mãos.


Os bares eram barulhentos e as pessoas eram chatas, mas eu podia ficar bêbado sem ter ninguém pra me notar, e de alguma forma, eu conseguia chegar em casa – derrubando algumas coisas no caminho – e logo depois, parando na cama.


Tudo parecia se mover enquanto eu levantava e começava a andar em direção á cozinha, eu tento me apoiar na mesa e dizer para mim mesmo que preciso parar, e que se eu não parar, eu vou vomitar.


Apoiei-me na pia e liguei a torneira, aproximando meu rosto da água fria que me acalmou e a fez a tontura diminuir gradativamente.


Parei por um momento e observei a janela. Por que eu decidi vir morar aqui sozinho? Eu sei que tudo que eu preciso é á mim mesmo, mas ás vezes, eu fico um pouco solitário.


As nuvens estavam pesadas em volta da lua, fazendo com que a cabine fosse a única fonte de luz. Foquei na escuridão e senti o pavor tomar conta de mim subitamente. Tem alguma coisa lá fora, e apesar de logo de cara achar que estava vendo coisas, comecei a vê-la se mover novamente, vindo em direção á cabine.


Pressionei meu nariz contra o vidro da janela e disse á mim mesmo que era apenas um lobo ou algo do tipo, mas a forma era humana.


Uma mulher estava parada lá fora. Seu cabelo era longo e cobria parte do seu rosto, e ela usava uma longa e branca camisola, completamente molhada;


Ela era a mulher que estava sob o gelo.


Ela não se movia mais, apenas ficou parada ali, olhando para os próprios pés. Meus olhos foram atraídos pela mão esquerda dela, não pude deixar de lembrar daquela mesma mão apoiada no gelo mais cedo. Pálida, magra e... A marca do anel.


Olhei para o rosto dela novamente e agora ela estava me encarando de volta. Seu olhar atravessava os fios rebeldes de cabelo e chegavam diretamente á mim; eu não sabia o que estava sentindo, mas sabia que nunca havia sentido aquilo na minha vida.


Por um momento, balancei os braços, esperando que ela se assustasse e fosse embora ou simplesmente olhasse para outro lugar, mas ela não o fez.


Eu não podia aguentar mais aquilo. Saí da cozinha rapidamente, passei pela sala e entrei no quarto. Eu só precisava de algumas horas de sono, amanhã isso vai embora e eu posso voltar a fazer as coisas normalmente.


Minha cabeça doía, e o quarto parecia girar ao meu redor; olhei para a minha cama, e numa tentativa falha de deitar, acabei caindo de mau jeito e batendo minha cabeça no chão. A dor me atingiu rapidamente, o que me fez grunhir e abrir meus olhos, tentando focar em algo novamente.


Debaixo da minha cama havia vários papéis com recados do Harry. O efeito da minha queda começou a passar e eu vi as palavras “polícia” e “suspeito” em um deles. Que merda é essa?


Agarrei o papel e comecei a desamassá-lo, logo de primeira não consegui ler, mas depois de esfregar os olhos algumas vezes e com muito esforço consegui entender.


Espero que você esteja bem. A polícia me fez algumas perguntas e eles suspeitaram de algo por um tempo, mas eu acho que estamos livres disso agora. Não precisa mais se preocupar, eles não vão te achar aí. Espero que esses suprimentos durem até o mês que vem.
- Harry


Polícia? Do que ele está falando?


Abri outro recado.


Achei que você fosse me responder, está tudo bem? Estou preocupado. Depois do que aconteceu, espero que você esteja bem aí sozinho.
- Harry


Minha cabeça começou a rodar novamente. Do que ele estava falando? Depois de que? Por que ele estaria preocupado? O que está acontecendo?


Agarrei outro papel e comecei a ler.


Realmente queria que você me respondesse. Não sei como você está se saindo sozinho aí, talvez eu pudesse te fazer companhia se você precisar. Eu só estou preocupado com o que você pode estar fazendo a si mesmo. Desculpe-me por trazer isso á tona, mas, um cara não pode simplesmente afogar sua mulher e fugir como se nada tivesse acontecido. Sério, você pode falar comigo sobre isso, por favor, deixe-me saber como você está!


Do que ele estava falando? Isso só pode ser algum tipo de brincadeira.


Joguei os papéis embaixo da cama novamente.


Eu nunca havia me casado e com certeza não tinha matado ninguém.


Também não estava me escondendo. Estou aqui porque quero estar, eu preciso estar isolado. Não preciso? Estou tão confuso, eu passei por muita coisa hoje, não posso lidar com isso agora.


Olho para as minhas mãos, meus dedos estão tremendo; e então, eu ajoelhei.


Eu não poderia matar alguém, poderia?


Olhei para a minha mão esquerda.


O que está errado comigo? Como nunca notei isso antes?


Uma marca de aliança descansava no meu dedo anelar.


Senti como se alguém tivesse batido na minha cabeça, meus pensamentos começaram a se organizar lentamente.


Samantha.


Meu chefe me irritou no trabalho, cheguei em casa agitado e bêbado. Só queria ficar sozinho e beber! E ela sabia disso, mas ela gritava. Ela gritava porque eu ia bêbado pra casa todos os dias, nós brigamos, eu gritei. Nós jogamos coisas um no outro, e eventualmente, ela disse que não podia mais ficar comigo e foi ao banheiro para se acalmar.


Mas eu não estava calmo, eu precisava dizer exatamente o que eu achava sobre ela e as merdas que ela fazia. Como ela pode sair andando daquele jeito? Como se nada tivesse acontecido, como se nós não fôssemos nada um para o outro? Como se eu não valesse o tempo dela?


Foi aí que ela começou a murmurar.


Afundei meu rosto em minhas mãos e minhas lágrimas alcançaram o chão; ouvi passos na sala ao lado. Era ela. Por que ela simplesmente não me deixa só? Tudo que eu quero é ficar sozinho!


As chamas já não estão mais fortes e a luz não alcança mais meu quarto, e eu ainda estava sentado no chão. Conseguia ouvir os passos chegando cada vez mais perto, e ela continuava a murmurar. Eu não aguentava mais isso!


Comecei a ir em direção ao canto do quarto, perto do meu guarda-roupa.


Deixe-me sozinho, por favor. Por favor.


Meu coração batia fortemente e meus dedos tremiam como nunca antes.


Fechei os olhos.


Por favor, vá embora. Por favor! Você não é real, você está morta, eu te matei, eu matei você! Apenas vá! Deixe-me viver, deixe-me esquecer.


...


Tudo está calmo. Será que ela foi embora?


Abri meus olhos e ela estava a centímetros de distancia do meu rosto. Tentei gritar, mas não consegui. O cabelo longo ainda cobria seu rosto, se arrastando no chão entre nós. Os olhos dela estavam fixos nos meus; meus olhos começaram a pesar e eu deitei no chão. Tudo começa a passar por mim, exceto ela. Ela ficou lá, parada, me encarando.


E então, tudo ficou escuro.


06h52min




Outro pesadelo; acordei em uma piscina de suor, meu coração batia forte e minha cabeça doía de forma anormal. Vi o sol pela janela e percebi que ele havia começado a nascer há pouco tempo, fazendo com que os demônios e a escuridão da noite voltassem de onde eles tinham vindo. A sombra cobria meu quarto como se fosse uma jaula. Eu sentei, achei meu relógio no criado-mudo e coloquei no pulso.


Peguei meu rifle que estava debaixo da cama, fazendo com que uma garrafa quase vazia de uísque caísse no chão. Isso explica a dor de cabeça...


Alcancei a garrafa e a joguei no lixo um momento depois, percebendo que seja lá o que eu tenha feito na noite passada, estava esquecido a partir de agora. Comecei a polir minha arma calmamente, e a contar os segundos, acompanhando meu relógio. Isso é monótono, eu sei... Mas me acalma. É parte da minha rotina.


Minha rotina me mantém vivo.


Minha rotina me mantém são.
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Estive No Inferno

terça-feira, 14 de abril de 2015.

Após usar um alicate para abrir a grade, entrei lentamente no local. Várias pessoas se encontravam diante de mim. Usavam as mesmas roupas, e estavam bastante desnutridos, ao ponto de tornar-se possível ver seus ossos sob a pele. Um homem que não aparentava ter mais de vinte anos, arrastou-se em minha direção, parou em minha frente, e me abraçou – ele estava chorando. Eu não soube o que fazer. Ele repetia, “Está tudo bem.” Após uns dois minutos, ele afastou-se chorando. Continuei seguindo para uma construção subterrânea. Abri a porta e imediatamente tapei minha boca e nariz após sentir o terrível fedor que impregnava o local. Liguei minha lanterna e vi as pessoas que estavam ali dentro, todas também desnutridas.

Saí da construção, e vi o mesmo homem que havia me abraçado. Ele estava carregando o pai, ou talvez o avô, que aparentava estar pior que as outras pessoas que eu já tinha visto. Mais pessoas saiam do subterrâneo. Outras tantas estavam empilhadas pelo local, mortas. Esse inferno era contornado por uma cerca de arame farpado. Vi uma senhora com um grande buraco de bala na nuca, e também percebi que os corpos possuíam marcas em seus braços. Esse lugar é o inferno. Roupas com listas brancas e azuis, era tudo que usavam.

Logo ouvi uma voz, gritando distante. Virei-me para ouvir melhor, “Tranque logo essas pessoas, temos que mantê-las presas,” disse um homem de uniforme verde.

“Sim senhor!” respondi imediatamente.



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Câmaras de Pedra

quarta-feira, 1 de abril de 2015.
A oeste da Nova Inglaterra e leste das florestas de Nova York, existem milhares de enigmáticas construções conhecidas como Câmaras de Pedra. Atraindo pouca atenção dos estudiosos, essas onipresentes estruturas parecem fazer parte da paisagem por pelo menos desde as primeiras presenças humanas na região. Apesar de apontadas pelos historiadores locais como armazéns feitos por antigos colonizadores, nunca houve qualquer evidência que aponte quem realmente as construiu, quando e por qual motivo.

Nenhuma tribo americana anunciou-se como proprietários das construções, e nenhum dado existe para comprovar qualquer especulação feita por pesquisadores que tentam comprovar suas origens. Sem artefatos, rabiscos, sem sinal de habitação, nada além de uma construção uniforme e a precisão denuncia a sua natureza artificial.

Uma pequena quantidade de lendas e curiosidades se espalharam sobre as construções em uma tentativa de preencher o vácuo de informações convincentes:


Em Maio de 1988, Frank Muelin e seu filho passaram um final de semana pescando e acampando em Fahnestock State, NY. Na segunda noite de acampamento, os dois decidiram montar a barraca próximo a uma das construções.

Quando o Sr. Muelin acordou na manhã seguinte, seu filho, Terrance, havia desaparecido. Ele passou horas o procurando sozinho antes de finalmente contatar as autoridades. Nenhum sinal do garoto foi encontrado na área.

A única evidência descoberta deixou a polícia local desconcertada. Dentro da câmara havia uma trilha de pegadas pertencentes ao filho do Sr. Muelin. Porém, parecia que o garoto havia entrado até a metade da câmara, pois as pegadas acabavam de repente.

O que perturbou os investigadores não foi apenas o fato das pegadas não retornarem para fora da câmara, mas as grandes marcas não identificadas que ligavam o fundo da câmara para as últimas pegadas de Terrance. Uma das marcas cobria completamente o último passo do garoto. As estranhas “pegadas” nunca foram identificadas e nenhuma explicação convincente foi dada para elas. Terrance Muelin continua desaparecido.


Muitas cidades tornaram como ato ilegal a destruição ou modificação dessas câmaras. Essas leis nunca pareceram simples medidas de preservação histórica. Muitas foram mencionadas em livros, geralmente explicando que tais leis garantiam a segurança da população contra os “perigos de fora”.


Muitas pessoas já reportaram vertigem e desorientação ao passar um longo período dentro das câmaras. Alguns dizem sentir “olhos os observando” quando se afastavam da entrada.


Uma lenda originária da região próxima ao Lago Champlain, conta sobre uma mulher que usou uma das construções dentro de sua propriedade como depósito de comidas enlatadas. Em uma manhã de verão, quando ela saiu para pegar uma lata de geleia, percebeu que não conseguia sair da câmara onde havia entrado. Alguma força invisível bloqueava o seu caminho. Ela entrou em pânico e desmaiou. Quando ela acordou, percebeu que já poderia sair. Lá fora, a neve cobria o solo e sua casa havia desaparecido. E as árvores pareciam mais longas que o normal.

Quando ela desceu por um caminho arborizado, onde deveria estar a sua rua, ela viu dúzias de câmaras de pedra alinhadas no caminho. De dentro delas vinham terríveis sons de rangidos. Assustada, ela correu de volta para a câmara onde havia acordado e ficou encolhida em um canto, até desmaiar de exaustão. Ela foi encontrada pelo marido após um longo tempo. Ela perguntou por quanto tempo esteve desaparecida. Ele explicou, aliviado e confuso, que ela esteve desaparecida por dois anos, e ele planejava destruir a câmara, pois ela o lembrava de seu desaparecimento.


Nenhuma cópia do único texto sério já escrito sobre as câmaras, “Uma Análise das Câmaras de Pedra da Nova Inglaterra”, existe hoje. Apenas menções em algumas matérias históricas e uma única página em um jornal de Massachusetts foi tudo o que sobrou. Escrito por um autor anônimo em 1919, o texto “Uma Análise das Câmaras de Pedra da Nova Inglaterra” descrevia propriedades matemáticas e físicas expressas na arquitetura das câmaras, relacionadas ao “Éter”.

O final do texto, indica que as câmaras servem como “condutores” para a “energia éter” e poderiam ser utilizadas para ver “o outro lado”. Aparentemente esta foi a razão pela imagem negativa que os meios acadêmicos atribuíram ao texto, já que na época as teorias de Einstein é que estava na populares.


A palavra “retorno” é sempre associada ás câmaras, embora a origem dessa associação seja desconhecida.
Apesar das estranhas histórias acerca das Câmaras de Pedra, aqueles que vivem próximos a elas por gerações, parecem ignora-las. Quando perguntados sobre as câmaras, os locais sempre desmentiram as histórias, tratando-as como superstições sem sentido.

Porém, será sempre difícil encontrar alguém disposto a passar uma noite dentro de uma dessas câmaras.



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