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O Bosque das Almas

domingo, 18 de setembro de 2016.
Há dois dias perdidos naquela mata, tudo parecia o inferno. Eram em oito no início da aventura. Saíam de casa para o bosque das almas com a intenção de beber, fazer sexo e descansar, mas agora os três sobreviventes da chacina corriam por suas vidas, enquanto o assobio aterrorizante os seguia por entre as árvores. Ana Alice, uma linda loira, parecia cansada, seu namorado Jonas, um rapaz moreno, forte e de olhos verdes, a levava nos braços, e o terceiro era Samuel, um ruivo alto de porte atlético. Os três finalmente avistaram uma cabana antiga, na qual se esconderam.


– Essa maldita está brincando com a gente – disse Samuel – nos deixou vivos pra se divertir.
– Nós vamos morrer amor? – perguntou Ana – estou com medo.
– Não tenha – respondeu Jonas a abraçando forte.

Enquanto ficavam lá, ouviram o mesmo assobio infernal de algumas horas atrás, quando viram seus amigos serem esquartejados e devorados pelo que parecia ser uma menina branca de cabelos pretos, com dentes afiados e que cortavam como facas. Matava com suas garras afiadas, com a qual furava os olhos e a jugular, comendo as vítimas em seguida.

O assobio foi se intensificando até tornar-se um berro horrendo, e a criatura aparecer atrás do casal, espirrando sangue do rapaz no rosto de sua namorada e devorando-o em sua frente. Ana tentou fugir, mas teve o cabelo puxado e os olhos perfurados, caindo estrebuchando no chão e morrendo lentamente, até ser comida pela criatura. Samuel conseguiu fugir, mas foi posto num manicômio após contar a historia, e ainda foi acusado de ter matado todos os amigos, enquanto no bosque das almas os corpos nunca foram encontrados, e o derramamento de sangue nunca chegaria ao fim.


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domingo, 11 de setembro de 2016.

O pishtaco é um bicho-papão mitológica do Peru, normalmente retratado como um monstro criatura semelhante mal, ou um homem branco. O pishtaco ataca os índios locais da região, roubando a sua gordura corporal, bem cortar as partes do corpo para outros fins canibais.

Em algumas partes da Cordilheira dos Andes, a pishtaco também é conhecido como kharisiri ou ñakaq.

Caracteristicas

Pishtacos são criaturas que se alimentam de gordura raramente visto. Eles são semelhantes a vampiros , mas se alimentam apenas de gordura humana. 

Eles sobrevivem inteiramente sobre ela, e parecem possuir uma grande fome por isso. Ao contrário de vampiros, que são consideradas pelo Pishtacos como assassinos, Pishtacos são mais como parasitas e não caçar suas presas para se alimentar. 

No entanto, alguns Pishtacos fazer caçar humanos para a sua gordura. Assim como a maioria dos outros monstros que parecem completamente humano, mas os seus olhos rolam para trás e revelar um apêndice alongado sucção que eles liberam a partir de sua boca quando se alimentam.


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O Ritual Proibido

Yuki olhou através da pequena janela do quarto ao perceber que a lua voltara a aparecer. Não conseguia lembrar quando foi a última vez que vira uma lua cheia tão grande como aquela. A forte luz que brilhava nas águas escuras só deixava a vista dali mais incrível. Se realmente tinha que ficar isolada para a purificação aquele definitivamente era o melhor lugar. Tudo que se ouvia naquela região era o som das ondas do mar batendo nas rochas. Yuki gostava, mas não escutava mais nada há dias e já estava começando a se irritar.

Um dos sacerdotes acabara de deixar sua refeição, mas ela nem conseguiu tocar na comida. Não conseguia parar de pensar na sua irmã, que não via há dias. Se Miya estivesse ali provavelmente iria obriga-la a comer, mas não tirava da cabeça as palavras de seu pai. “O futuro da nossa comunidade agora depende inteiramente de vocês, esse será o destino das duas.” Seu pai era o Sacerdote Chefe da vila, e ele próprio um Remanescente. Ele havia realizado o Ritual do Sacrifício com seu irmão gêmeo há quase 25 anos e ele mesmo tivera a ideia de oferecer as filhas para o próximo, após o ritual dos irmãos Miura ter fracassado. Para ele e para quase todos da vila era uma honra. Uma glória eterna para a família. Mas Yuki e Miya Kimura pensavam diferente. Yuki achava extremamente cruel e desnecessário e nunca iria conseguir estrangular a própria irmã.
O novo ritual era dentro de apenas alguns minutos, mas Yuki e Miya tinham armado um plano com o irmão Miura Remanescente. Akira Miura havia orientado as irmãs que quando fossem ser levadas para o ritual elas deveriam correr o mais rápido que puder até o Grande Carvalho, que ficava ao sul da vila. Lá ele iria deixar as irmãs aos cuidados do seu amigo folclorista da cidade, que concordou em ajudar. Akira foi tomado por uma profunda angústia após ter estrangulado seu irmão gêmeo no Ritual do Sacrifício anterior e não queria aquele mesmo destino para suas amigas Yuki e Miya. Yuki sabia que aquele era o único jeito. Não queria mais fazer parte daquele lugar. Teria que se despedir de todos para sempre e iniciar uma nova vida com sua irmã.
Yuki vestiu o quimono branco que havia sido deixado para ela pela manhã e esperou. O Senhor Kimura, pai de Yuki, destrancou a porta minutos depois e entrou no quarto. Yuki pôde ver os Sacerdotes Velados do lado de fora, alguns seguravam tochas e outros carregavam varais budistas de metal.
-Está pronta, minha criança? – disse o pai de Yuki, quebrando o silêncio.
Ela apenas o encarou com seus olhos negros, deixando seu medo transparente. Seu pai forçou um sorriso cínico e estendeu a mão para ela. Como ele podia deixar a filha nessa situação? Como ele podia obrigar que sua própria filha estrangulasse a irmã em um ritual sem sentido? Yuki naquele momento desejou que seu pai estivesse morto.
- As Trevas não irão tolerar outro ritual fracassado. Nós precisamos de vocês – disse com calma.
Yuki nunca entendeu o que seu pai queria dizer com essas tais “Trevas”. Ele também costumava dizer às filhas que gêmeos tinham um poder espiritual muito grande e que elas um dia, assim como ele, iriam participar de uma cerimônia importante.
Yuki andou em direção aos sacerdotes, deixando seu pai com a mão estendida. Os sacerdotes usavam um manto todo preto com apenas um cinto de corda vermelho, o que era incomum para sacerdotes tradicionais. Porém o que era mais incomum era o véu que encobria seus rostos completamente. Yuki não entendia para o que servia aquilo e esperou o sinal de Akira, enquanto seu pai andava em sua direção.
De repente um forte estrondo rugiu. Os sacerdotes olharam surpresos para o clarão. Yuki soube imediatamente que Akira havia conseguido explodir alguma coisa e sabia que aquela era sua única chance. Então, ela começou a correr rapidamente para o sul da vila com seu coração quase escapando pela boca. Ela olhou para trás e viu seu pai gritar alguma coisa, enquanto apontava furioso para ela. Imediatamente vários sacerdotes arrancaram o véu do rosto e correram atrás dela. O local todo estava muito escuro e talvez fosse fácil despista-los. Yuki iria encontrar com Miya no Grande Carvalho se tudo tivesse dado certo pra ela.
Yuki começou a atravessar a ponte de madeira que separava os participantes do ritual do resto da vila. Ela rapidamente pulou o guarda-corpo e se pendurou para fora segurando nas tábuas de madeira. Os sacerdotes cruzaram a ponte sem perceber Yuki e entraram na vila. Ela fez força nas mãos, subiu de volta e foi na outra direção.
Yuki viu Miya de costas para ela aos pés do Grande Carvalho e a chamou. Miya virou-se e pareceu que Yuki estava diante de um grande espelho. Além de gêmeas, Miya parecia ter a mesma expressão doce e suave no rosto. Apesar de ser mais nova Miya sempre cuidou de sua irmã, as vezes quase sendo uma segunda mãe. As duas irmãs se abraçaram forte.
-Você está bem, irmã? – disse Yuki enquanto uma lágrima escorria do seu rosto até cair no ombro de Miya.
-Estou... – Miya olhou para a irmã e continuou – Akira foi capturado, eles o descobriram. Ele disse que o amigo folclorista da cidade estará a nossa espera à beira do lago. Temos que ir pra lá rápido!
-Vocês estão cientes do erro que estão cometendo?
Yuki e Miya gelaram ao verem o Senhor Kimura diante delas e vários sacerdotes atrás dele carregando tochas. As duas começaram a correr rapidamente, adentrando a floresta.
-Peguem-nas! – gritou o Senhor Kimura para os sacerdotes. Eles prontamente obedeceram as ordens e começaram a perseguir as garotas.
Miya era mais ágil e estava deixando Yuki para trás. A floresta era muito densa e nenhuma das duas conseguia enxergar mais que um palmo à frente. Yuki virou-se e viu a luz das chamas das tochas dos sacerdotes se aproximar.
-Miya! Espera! Não me deixa para trás!
-Vem rápido! – virou-se para Yuki enquanto corria.
Miya mesmo assim apressou o passo enquanto tentava lembrar qual era o caminho do lago, mas estava muito escuro... E silencioso de repente. Não conseguia mais ouvir Yuki ofegante. Miya parou e virou-se. Sua irmã não estava mais lá, não tinha mais ninguém.
-Yuki?! Yuki!
Miya começou a tremer, voltou um pouco pelo lado que veio, mas não havia sinal algum de Yuki.
Yuki estava a poucos metros dali e pôde ouvir sua irmã. Ela tentou gritar de volta, mas sua voz não saiu ao virar-se e dar de cara com os sacerdotes. Ela tentou recuar, mas os sacerdotes a agarraram. Ela se debateu com fúria e tentou chuta-los, mas eles começaram a leva-la de volta a vila. Yuki viu alguns sacerdotes irem atrás de Miya.
Yuki foi levada até a casa de um dos moradores. Ela sentou no chão quase soluçando enquanto ouvia os sacerdotes e residentes da vila ao seu redor tentando decidir como eles realizariam o ritual agora. Seu pai estava entre eles.
-Não temos mais tempo, Miya não voltará! O ritual deve ser realizado hoje ou as Trevas reinarão sob nossa comunidade! – disse o Sacerdote Chefe, o Senhor Kimura.
-Pai, por favor... Não faz isso! – Yuki soluçou.
O Senhor Kimura curvou-se para Yuki e limpou suas lágrimas do rosto.
-Não chore, minha criança. Há sacrifícios que devem ser feitos para um bem maior.
Yuki não percebeu nenhuma emoção na frase dele. Ela e sua irmã haviam sido criadas por seu pai com mãos de ferro. Ele sempre fora severo e duro, mas ela não imaginaria que um dia iria implorar por sua vida a ele. O Senhor Kimura ordenou que levassem Yuki até o Abismo Oco.
Yuki andou no meio dos Sacerdotes Velados até uma parte da vila onde nunca tinha ido antes. Ela viu uma corda improvisada amarrada em uma parte de madeira do telhado de uma casa próxima. A ponta da corda estava atada de modo a formar um
círculo, onde sua cabeça podia entrar facilmente. Yuki sentiu um frio maior percorrer sua espinha ao ver o Abismo Oco. Era um enorme buraco que estranhamente formava um quadrado perfeito de mais ou menos 8 metros em cada lado e com a lua cheia posicionada exatamente em cima. Yuki foi guiada até a corda, enquanto os sacerdotes começaram a rodear o abismo. Ela, a essa altura, já não acreditava mais que sua irmã voltaria para salva-la.
Miya finalmente havia achado o caminho de volta à vila. Tinha que salvar sua irmã. As duas eram unha e carne. Miya nos últimos dias tinha pensado como seria viver sem sua irmã e não conseguia suportar a ideia. A amava tanto que podia facilmente abandonar seu povo e não voltar nunca mais. 
Aquele ritual era sádico. Cruel. Desumano. Akira havia dito que para apaziguar as Trevas era preciso de jovens gêmeos idênticos. Ele mencionara que a energia liberada quando o irmão mais velho estrangulava o mais novo era tão forte que o povo da vila acreditava que era suficiente para acalmar as Trevas que viviam no Abismo Oco. Miya tentou afastar os pensamentos ruins e continuou correndo na esperança de encontrar o local do sacrifício.
O Senhor Kimura passou a corda sobre a cabeça de Yuki e em seguida apertou o nó no pescoço. Ela se equilibrava em pé em cima do corrimão da varanda no segundo andar da casa com as mãos atadas.
-Chegou a hora, filha – disse o Senhor Kimura antes de dar um beijo no rosto dela.
O Senhor Kimura a empurrou forte. Yuki gritou ao cair da varanda, seu corpo ficou suspenso pela corda em volta de seu pescoço. Ela começou a agitar as pernas histericamente e tentou soltar as mãos, mas nem sequer conseguia chorar mais. A corda balançava o tempo todo e seu corpo girava enquanto ela tentava desesperadamente respirar. Então Yuki começou a sentir sua visão escurecer, suas pernas vagarosamente acalmaram e a última coisa que pensou foi por que Miya não havia voltado por ela.
Após cortarem a corda, o corpo de Yuki foi levado pelos sacerdotes até a beira do abismo. O Senhor Kimura conduziu o processo de perto, enquanto alguns moradores murmuravam preces. Dois sacerdotes levantaram o corpo de Yuki e o mergulharam na escuridão infinita que habitava aquele lugar.
Miya atravessou a ponte de madeira em busca de Yuki quando de repente ouviu um estrondo enorme. Ela sentiu o chão tremer e ouviu um forte zumbido no ouvido. Miya seguiu o barulho até um grande portão no lado norte da vila. Ela viu alguns moradores e sacerdotes correrem desesperados para fora, gritando de pavor. Eles nem pareceram nota-la, só estavam preocupados em fugir dali.
Miya adentrou o local confusa e viu o Abismo Oco. O zumbido parara e o lugar parecia estar vazio. 

A lua encoberta pelas nuvens deixava tudo mais escuro. Miya andou em direção ao buraco quando de repente um relâmpago iluminou tudo. Vários corpos mutilados estavam espalhados em volta da área toda. Sacerdotes e moradores jaziam banhados em sangue. Miya gritou, recuando para trás e tropeçou. Ela virou e viu seu pai engasgando sangue na sua frente. Ele tentou dizer algo para ela, mas foi interrompido quando seu pescoço girou sozinho para o lado rapidamente. Miya gelou ao ouvir o estalo dos ossos. Ela rapidamente se levantou e ouviu uma risadinha.
Miya virou-se e deu de cara com Yuki de cabeça abaixada, em pé, à beira do abismo. Seu quimono branco estava encharcado de sangue. Yuki levantou seus longos cabelos negros expondo uma terrível marca vermelha em volta do pescoço e começou a gargalhar. Os risos agudos eram assustadores, não pareciam ser humanos. Miya percebeu que aquela não era mais sua irmã e sentiu uma forte onda de medo percorrer seu corpo. Ela virou-se rapidamente preparada para sair, mas de repente os risos cessaram. Então, Yuki apareceu de frente para Miya de repente. Ela caiu para trás e se pôs a recuar.
-Você vai me deixar de novo? – Yuki sussurrou numa voz medonha enquanto se aproximava rápido de Miya – Você vai me deixar pra trás de novo, irmã? Você deveria ter cuidado de mim – Yuki riu.

Miya gaguejou, mas não conseguiu dizer uma palavra. Ela virou-se para o abismo e viu uma onda negra de escuridão engolir toda a vila. Virou de volta para o que um dia foi sua irmã e, a última coisa que viu foram seus enormes olhos negros tomados pelas Trevas.
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Vetala

sexta-feira, 3 de junho de 2016.
Vetalas são criaturas solitárias e desajeitadas, porém caçam em duplas arquitetando golpes, normalmente nocauteando suas vítimas e depois levando-as para o covil para serem comidas lentamente.

Elas podem ser mortas com uma faca de prata enfiada e torcida em seu coração.
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Spam

domingo, 17 de abril de 2016.
O carro dos meus pais saiu da garagem e eu fui direto para o meu quarto. Meu laptop estava em cima da escrivaninha e eu o liguei.

19h30 Entrei no Facebook mas logo fiquei entediada porque não tinha ninguém com quem eu gostaria de conversar online. Lembrei que um amigo havia me falado sobre um site outro dia. Ele me disse que muitas pessoas entram nesse site e compartilham um negócio chamado "creepypasta"? Bom, decidi tentar. Entrei no site e a primeira coisa que vi foi uma citação bem esquisita no topo da página.

20h00

Enquanto ainda fuçava pelo site, encontrei histórias na categoria NSFW* e decidi ler algumas delas. Iam de histórias sobre namoros que deram errado, um episódio perdido de Bob Esponja, uma musiquinha estranha de video game que fez meus ouvidos doerem e algo sobre um homem degenerado que queria que sua mãe o molestasse toda hora até coisas sobre as quais eu já havia ouvido falar, como Jeff The Killer, Slenderman, o Rake...

Decidi abrir uma conta e conhecer mais do site. Coloquei um username... 'Lily!' e o site pediu por e-mail. Coloquei um que eu sequer olhava. Quando coloquei todas as minhas informações e já estava animada pra começar a usar, ele me pediu que checasse o e-mail de confirmação antes. Merda.

20h46

Na minha Caixa de Entrada, não conseguia achar o e-mail da Wikia, então continuei passado pela lista de e-mails até descobrir que tinha ido pra caixa de spam. Fui até a pasta cheia de e-mails me dizendo que havia ganhado algo ou que "encontraria o amor" num site de relacionamentos religioso até que finalmente achei o e-mail.

Mas outro e-mail chamou minha atenção.

Estava na caixa de spam, mas o título era: Um Jeito Assustador de Terminar um Namoro.

21h00

A curiosidade falou mais alto, então cliquei... Mas logo comecei a rir porque vi que era apenas mais uma daquelas correntes. Tinha diversos erros gramaticais e envolvia um namorado matando sua ex ou algo do tipo.

UM JEITO ASSUSTADOR DE TERMINAR UM NAMORO!

NÃO PARE de ler isso ou algo muito ruim irá acontecer!




Um dia, Sarah estava indo a pé da escola para casa quando seu namorado passou de carro e buzinou para que ela entrasse no carro e, quando ela o fez, os dois foram até o lago. Seu namorado disse que ia lhe contar algo muito importante. Sarah podia jurar que ele ia pedi-la em casamento. No entanto, ele a empurrou para dentro do lago e gritou "Acabou entre a gente, você é péssima!! Eu te odeio e acho que você devia se matar!"

Ele riu enquanto entrava no carro e dirigia para longe. Era um dia muito frio. Sarah saiu do lago, morrendo de frio, e se sentindo mal como nunca. Quando chegou em casa, entrou na banheira e cortou os pulsos, morrendo ali mesmo. Os pais dela gritaram e berraram para que ela saísse da banheira até que finalmente arrombaram a porta.

Não viram ninguém, mas o banheiro todo estava encharcado com o sangue de Sarah. Sua mãe enlouqueceu e se matou três dias depois e seu pai etá na prisão, acusado de assassinato. Mais tarde naquela semana, o pai do namorada da Sarah estava tomando banho quando ela apareceu de dentro do ralo, sangrando e apodrecendo, com lâminas na mão e disse "acabar com a vida dele... acabar com a vida dele...". Ela cortou sua garganta antes que ele pudesse gritar.

Sarah matou toda a família dele, mas não conseguia achar Jason em lugar nenhum. Se você não repostas isso com o título "1 jeito assustador de terminar", você não tem coração... e Sarah virá atrás de você pelo ralo do chuveiro e te matará do mesmo jeito que matou o namorado.

Você tem 13 minutos.


21h45

Depois de rir por um tempo daquela corrente, fechei o computador e olhei pela janela porque um som havia chamado minha atenção. Fui preenchida por medo.

Sentado em suas longas pernas e sua cara feia, estava meu ex namorado idiota. Fumando.

Ele jogou o cigarro no chão e bateu na minha janela. Ignorei-o e fechei a cortina. Ouvi-o xingar e ouvi seus passos na escada da entrada da minha casa, mas não ouvi o seu carro ligando. Dei de ombros e saí do quarto, o chão estalando conforme eu andava. Por algum motivo, ainda estava pensando naquela corrente. Bufei e fui ao banheiro.

21h57

Tirei a roupa e entrei no banho. Enquanto lavava o cabelo, comecei a pensar em escrever uma creepypasta. Minha mente foi inundada por ideias, até que ouvi o barulho de algo rangendo... vindo da porta. Ignorei e fechei os olhos para tirar a espuma do cabelo.

De repente, a cortina do chuveiro se abriu e eu gritei, horrorizada. Lutei violentamente e escorreguei na banheira, caindo de cara no chão. Senti uma dor repentina na minha batata da perna. Havia uma faca lá, bem funda, e o sangue corria e vazava para o chão. Ainda nua, consegui escapar do agressor e fui até a parte da frente, torcendo para que algum dos vizinhos estivesse lá fora, mas todas as casas estavam escuras e um silêncio ensurdecedor preencheu o ambiente.

Senti uma respiração quente no meu pescoço e uma língua lambeu minha nuca. Tive que engolir as lágrimas enquanto me virava lentamente.

Ele riu na minha cara enquanto cravava uma faca no meu estômago e rasgava a região. Meus gritos se tornaram gemidos enquanto eu caía no chão, tentando segurar minhas entranhas, meu rosto encharcado com aquele sangue quente e grudento. Virei-me mais uma vez para vê-lo. Sua respiração cheirava a cigarro enquanto ele chorava.

"Você é tão linda! Como não pôde me amar?" seu tom de voz mudou repentinamente para um tom mais otimista "E eu ainda te amo! Ainda posso fazer amor com você! Você só vai estar um pouco mais fria... E reclamar menos..." ele chorava.

Finalmente tirei as mãos do meu estômago enquanto as lágrimas quentes me cegavam. Sangue jorrava da ferida e minha visão estava borrada. A última coisa que vi foi ele abrindo o zíper e corri meu olhar para o relógio da rua... Há 12 minutos atrás eu estava rindo de uma corrente... Caí em questão de minutos. Gostaria de ter pego uma faca... Teria feito mais sentido.

Entreguei-me à escuridão. A última coisa que senti foi algo entrando em mim.

21h58

Ela é tão linda! E esta ótima... Mais do que o normal. Esforcei-me pra que durasse, mas não tirei há tempo.

Assim que havia terminado, peguei-a pelos pés, deixando um rastro de pele e sangue pra trás. Eu não ligava pra bagunça. Eles entenderiam nosso amor.

Fui até seu quarto para pegar algumas roupas pra ela. Procurei até achar uma mala dentro do armário. Vi seu computador e liguei-o, procurando por horários de ônibus. O e-mail dela estava aberto em uma corrente. Senti, de repente, um sentimento horrível tomar conta de mim... Como alguém sabia?

E então eu congelei. Pude ver algo pelo reflexo do canto da tela do computador. Tinha algo atrás de mim, balançando pra frente e pra trás, com algo afiado nas mãos. Tinha longos e escuros cabelos e estava soluçando. Eu estava paralisado e com frio. Olhei para o meu amor no chão, fria e ensanguentada, e quis protegê-la.

Quando me virei, aquilo ainda estava no canto, soluçando, mas agora olhava diretamente pra mim, com um olhar mortal. Tinha que sair dali com ela, de maneira segura, então rapidamente peguei a mala e virei-me por apenas um segundo. Um grito horrível preencheu o cômodo enquanto aquilo vinha pelo chão com uma velocidade inumana e cortou brutalmente meu calcanhar. Gritei enquanto caía no chão ao lado do meu amor. Seu olhar congelado em choque. Não se preocupe, eu vou te proteger...

Arrastei-me até o banheiro, sem saber para onde aquela coisa havia ido. Levantei até ficar na altura da pia e vomitei enquanto a dor e a tontura inibiam meus sentidos. Assim que olhei no espelho, estava lá, se arrastando na parede ao meu lado. Tentei me mexer, mas aquilo pulou nas minhas costas, cravando as lâminas na minha pele. Olhei no espelho e então vi que era uma garota. Ela começou a gritar, enquanto levava um caco de vidro ao meu pescoço.

"O tempo acabou, Jason!" disse com uma voz demoníaca.

Antes que ele pudesse gritar, Sarah cortou sua garganta.
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Room Zero

quarta-feira, 13 de abril de 2016.

Já faz um tempo que eu não falo nada relacionado a Corporação Disney e tenho certeza que você sabe o porquê.

Muita coisa vem acontecendo desde minha última postagem. Recebi um monte de perguntas e preocupações de pessoas que leram meu relato em primeira mão do Palácio de Mogli, um resort que foi construído e Abandonado pela Disney.

Eu quero agradecer a todos que compartilharam pela internet. Infelizmente, ele foi excluído de alguns lugares, principalmente dos sites corporativos de grande influência que foram facilmente intimidados por um poder maior. No entanto, para cada tópico deletado ou postagem de blog excluída, mais umas cem surgiram.

Isso é algo que eles não conseguirão enfrentar. Não há mais volta para eles e nem pra mim.

Eu definitivamente estou sendo perseguido. Fiquei um mês ou dois isolado, paranoico. Qualquer olhar casual ou um pequeno sorriso em minha direção me causava desespero e até arrepio na parte de trás do pescoço.

A pessoa, ou melhor, a primeira pessoa que eu percebi estar me perseguindo, foi um falso consertador de telefones que ficava em volta de meu apartamento.

Ele tinha meia-idade, pastoso, vestido exatamente como qualquer um esperaria. Eu não poderia acusa-lo, mas sabia que isso não era apenas minha imaginação agindo. Ele era estranho, não parecia confortável fazendo seu trabalho de rotina.

Um dia eu segui ele de canto, mas rapidamente o perdi de vista. Quando voltei pra casa, lá estava ele. Me olhando diretamente no olhos, cerca de dez metros atrás de mim. Inexpressivo e frio.

-Explorando de novo? - perguntou ele. Isso foi tudo o que disse e havia um tom acusador em sua voz.

Diga-me se especialistas em conserto de telefones diriam algo assim?

Eu acho que essa é a pior parte. Nunca me sentir seguro. Apenas sozinho. Sempre encontrava pela casa algum material diferente da Disney que eu nunca havia visto ou notado antes. Borracha escolar no formato do Mickey, uma revista da Disney Explora na minha estante, etc.

Eles esconderam pequenos Mickeys em todos os lugares. Três círculos, um grande e dois pequenos, formando a silhueta da cabeça do famoso rato.

Eu comecei a reparar em todos os Mickeys que encontrava.

Marca de copos de café em minha mesa, uma grande, duas pequenas. Garrafas de vidro coloridas deixadas na porta, vistas de cima para baixo. Grafite em muros a caminho do meu trabalho, uma enorme terra, um pequeno sol e lua nos locais e tamanhos apropriados formando novamente outra silhueta do Mickey.

Eles estão por toda parte.

As pessoas têm me enviado sobre isso também. Se você compartilhar tudo o que eu tenho a dizer, você vai começar a encontrar esses contornos filhos da puta. Eu garanto.

Uma vez, de longe, algo me fez rir por causa do horror de todo esse transtorno. Havia um desenho de giz ao lado do meu carro. Fiquei surpreso no início, andando pelo estacionamento, mantendo-se atento para as pessoas me seguindo.

O desenho no chão parecia um... Bem, uma "vítima de assassinato". Você provavelmente está familiarizado com esse desenho em filmes e séries.

Ao lado do desenho, escrito em amarelo, feito a mão... Tinha uma única palavra.

"VOCÊ"

A única coisa boa em tudo isso, é que não sou o único que viu algo que não devia.

Não vou dar nomes, porque... bem, se eu dizer o porquê, você não prestaria atenção.

"Auditores" vão para o parque da Disney sempre que podem, durante o ano. Eles não vão para se divertir ou desfrutar do passeio, etc.

Eles observam muito as máscaras de gás infantis nas pessoas.

Parece ser uma tradição, aparentemente pessoas em todo parque usavam. Homens, mulheres, adultos, crianças e adolescentes.

Todos com máscaras de gás de personagens da Disney.

Os auditores voltavam e a Disney recebia toneladas de reclamações sobre pessoas "estranhamente vestidas" andando ao redor do parque. Pessoas que se misturavam com a multidão e desaparecem.

Mais tarde, as máscaras de gás fizeram com que as pessoas as tirassem e teorias e relatos de "possíveis terroristas" começaram a fluir.

Todos esses relatórios provavelmente foram direto para a lata de lixo. Eu sei que não consigo encontrar nenhum sinal de qualquer dessas ocasiões relatadas pela mídia (embora você deve estar ciente do fato de que a Disney pode muito bem controlar a mídia como ninguém).

Esses auditores e fiscais vão aos parques, falam com algumas pessoas e tentam não chamar a atenção. Eles perguntam para três ou quatro famílias se eles viram alguém usando uma "máscara engraçada".

Na verdade, eles querem uma máscara de gás pra usar como prova... Embora em uma ocasião, uma criança apontou para um deles na entrada do parque. Ele correu no meio da multidão e ouviu uma voz única gritar na frente dele: "Mamãe, eu quero uma máscara do Pateta também!"

Um colega que vou chamar de "Salva-vidas" trabalhou em um parque aquático da Disney de 2001 a 2003. Ele ficava no topo de um enorme tobogã de água e fazia com que nenhuma das crianças ficasse muito agitada. Colocando as crianças no tubo do tobogã para escorregar, uma de cada vez, dizendo a elas que o mais seguro era manter os braços colados ao corpo quando estivessem dentro.

Um dia, ele disse que um garoto gordo entrou no tubo, mas que não saiu do outro lado.

E sem perceber isso, enviou mais umas duas ou três crianças pra dentro. O garoto gordo havia ficado preso no tubo, e você deve estar imaginado que já que um ficou preso, as outras crianças também ficariam.

Não foi bem assim. Somente o garoto gordo desapareceu. Todo mundo saiu do outro lado, vibrando e espirrando água como se nada estivesse errado.

O salva vidas fechou o brinquedo por um instante, muito preocupado com o desaparecimento da criança dentro do tubo. Ele entrou e escorregou pelo brinquedo, e o garoto não estava lá dentro. Antes que ele pudesse chamar as autoridades para informar o desaparecimento... SPLASH! O gorducho finalmente saiu.

Os membros da equipe puxaram o garoto para fora da água. Ele afundou como uma pedra quando caiu na piscina, sua pele estava azul e os olhos arregalados. Tudo o que ele dizia era: "Crianças sem rosto" e "Pare de apertar".

O garoto estava bem fisicamente, caso você esteja se perguntando. Ele foi acarretado imediatamente ao centro médico. Quando o Salva-vidas pediu para abrir o tobogã pra saber o que havia acontecido lá dentro, ele foi ameaçado de demissão e relutantemente abriu o brinquedo novamente e voltou para seu trabalho de rotina.

Daquele momento em diante, ele ficou mais atento sobre as crianças. De vez enquanto eles saiam da fila, mas nunca algo tão sério como o caso do garoto gordo, mas sempre com um olhar de preocupação. Com o tempo tudo parecia ter sido algum sonho durante seu horário de almoço, mas ele só queria descobrir o que era realidade.

Eu li outros e-mails com relatos estranhos como esse. Eu queria que eles compartilhassem sua própria história, mas eles não queriam se expor dessa maneira. Não posso culpa-los.

A "Branca de Neve", que não era o verdadeiro papel dela no parque, era outro "personagem" do parque. Você sabe o que acontece quando um funcionário fantasiado cai morto dentro de sua fantasia?

Imagine só como deve ser... Uma hora, tirar uma foto com o pequeno Jimmy, e logo em seguida, sofrer um acidente vascular cerebral fatal?

Um segundo mascote fantasiado na área teve que senta-la no banco até outra pessoa assumir o posto, fazendo uma "limpeza a seco" e se livrando do corpo da forma mais discreta possível. Durante todo esse tempo, os clientes não faziam ideia de que estavam se sentando juntamente com um cadáver para tirar fotos.

Sinta-se livre para verificar os seus álbuns de fotos neste momento.

Isso foi ruim, mas um outro companheiro, que vou chama-lo de "Zelador", enlouqueceu completamente.

A Disney World (e provavelmente outras corporações), construíram uma série de túneis subterrâneos bem embaixo de seus pés. Vale a pena relatar três histórias. Tudo e qualquer coisa que você pode imaginar está lá embaixo, para uso dos funcionários.

Eles são chamados de Utilizadores. Corredores de utilidade.

Basicamente, essa é a razão que você não vê personagens fora do lugar ou zeladores vagando pelo parque.

Eles entram e saem de portas escondidas e viajam pela cidade subterrânea escondida.

Zelador me disse algo que poderia ser do conhecimento de qualquer pessoa, mas que mesmo assim foi novidade para mim.

Walt Disney teve vários apartamentos construídos em seus parques. Há um bem acima do Castelo da Cinderela... Outro em Piratas do Caribe. Eles estão em todos os lugares.

Mais do que isso, há boates, um cinema, uma pista de boliche, e muito mais. Tudo por trás de portas embutidas nas fachadas caprichosas que você provavelmente passou sem notar.

O Club 22 é uma dessas áreas escondidas. Se você tiver dinheiro o suficiente para se juntar ao clube exclusivo (pois é, você não tem), então terá acesso a ele e muito mais.

O Club 22 é um lugar onde vale tudo. A Corporação Disney chama esses lugares "Zonas Escuras". São pontos onde os personagens se trocam e dão lugar a bebidas, drogas e sim, sexo.

Também tem as "Zonas brancas" com poucos corredores de utilidade e as "Zonas Cinzas entre eles.

O Zelador também me disse que nem sempre foi assim. Foi mais pra um declínio lento e o abrandamento gradual das normas sociais dentro desse grupo de elite.

A razão pela qual ele sabe de tudo isso? Você já deve estar se perguntando... Sim, ele fez a limpeza desses lugares.

Depois de uma verificação de longos antecedentes e vários termos de confidencialidade, o zelador subiu de um atendente de parque para um membro da equipe de limpeza da zona escura.

Agora, antes de você imaginar alguma visão satânica de "sacrifício humano" na sua cabeça, não, Zelador não viu nada do tipo. Muitas garrafas vazias de álcool? Sim. Preservativos usados espalhados como desinflados balões de ano novo? Oh, sim. Ele limpou muitas quotas de sangue, urina e vômito. A única coisa que ele pensava era a quantidade de jovens baderneiros que usavam esses corredores.

Pelo menos, é assim que ele via em retrospecto.

Todo esse lixo, merdas profanas, entraram em um forno e se misturaram com a fumaça da chaminé de uma típica casa.

Se você já foi para a Disney World, você respirou pecado ultra condensado.

Reforçando essa informação, tem outro cara que vou chama-lo de "Hammer". Hammer me enviou à moda antiga, mas eu não sei bem como ele conseguiu o endereço da minha casa. Ele me mandou fotocópias de documentos provando seu emprego, e me instruiu a queimar quando estivesse convencido.

O que eu fiz de bom grado.

Hammer trabalhou ao redor do parque Disney World, fazendo a demolição e construção. Em um ponto, ele se aproximou conversou com seu superior em relação a alguns estranhos planos de construção.

Era uma ampla área retangular marcada nos projetos, do tamanho de um supermercado. Na área, foram deixadas somente as palavras "NÃO CAVE".

Ele não queria falar sobre isso, não queria saber sobre isso e terminou a conversa com "este espaço foi intencionalmente deixado em branco".

Hammer não entendeu. A área parecia um desperdício de espaço e entrou diretamente em conflito com o trabalho que sua equipe tinha designada. Ele começou a picar ao redor da área em suas folgas, encontrando apenas uma porta de aço abandonada e uma grande extensão de concreto logo depois.

Era um "vale do supermercado" do piso em branco, cinzento.

Logo depois, Hammer encontrou com os cadáveres usando as máscaras de gás.

Ao contrário de todos os outros relatos anteriores, as pessoas... ou melhor, as "coisas" que estavam usando as mascaras, estavam todas caídas, empilhadas e espalhadas pelo quarto. Centenas de cadáveres fracos, lesionados... Como cervos que foram presos e não conseguiam mais fugir.

As mascaras de gás tinham os rostos do personagem da Disney com filtros presos... Ele observou que elas pareciam molhadas por dentro, embaçados como uma janela de carro. Pequenas gotas de água brilhavam por trás do vidro, tornando-se impossível qualquer um enxergar através.

Indo mais longe, Hammer começou a fazer perguntas de todos aqueles que já trabalharam no parque por uma década ou mais.

Ele bateu impasses por toda parte, até que ele foi direcionado para Aida, uma mulher idosa que trabalhava em um restaurante na rua principal. Ela tinha estado lá desde o caminho de volta e embora ninguém tivesse a coragem de perguntar diretamente, todos sabiam ela tinha muitas histórias terríveis para contar.

Hammer perguntou sobre o espaço vazio, e em seguida, sobre os clientes mascarados. No começo ele pensou que iria receber um não sei como resposta. Ela estava quieta. Estranhamente quieta.

"Room Zero", ela resmungou, e em seguida colocou a mão em sua boca como se tivesse falado algo que não deveria ter dito.

Ela não olhou para o homem durante toda a conversa.

Room Zero (ou quarto zero) era mais outro quarto escondido, como os apartamentos e o Clube 22. Entretanto, seu tamanho e sua profunda mancha sob o parque está localizado para além de qualquer uma das zonas escuras de "diversão".

Era um abrigo contra bombardeio aéreo.

Room Zero foi construído para resistir a um ataque massivo, seja ele conduzido por inimigos estrangeiros ou nacionais.

A sala era abastecida com alimentos suficientes para o número médio da quantidade máxima de pessoas dentro do parque, e abrigava um quatro menor ainda conhecido como "quarto do pânico", para os superiores da Disney.

Durante a segunda guerra mundial, realmente máscaras de gás oficiais Disney foram produzidas para as crianças em caso de ataque. A ideia era que seria menos assustador para as crianças se o rosto de Mickey fosse estampado sobre o dispositivo de segurança em tempo de guerra.

Sim, eu sei os problemas óbvios com isso.

Durante o susto da guerra fria dos anos 60, quando foi construída a Disney World, a Room Zero foi abastecida com máscaras semelhantes também. Se eles não se preocupassem com os medos das crianças, ou apenas fossem insensíveis, talvez não tivesse acontecido aquilo lá embaixo.

Além do mais, algum gênio decidiu que as crianças não ficariam tão assustada com as máscaras de gás se seus pais as usassem... A assim, todas as máscaras, de adultos e crianças, foram feitas para cumprir com esta norma louca.

Aida o descreveu como "tratar uma ferida com suco de limão".

Nada disso explicava o que Hammer havia visto. Não só as aparências aparentemente sobrenaturais das pessoas, mas também o quarto esvaziado lá dentro.

- Eu estive lá - explicou ele - Só há um piso de cimento e quatro paredes na Room zero.

- Não - Aida abanou a cabeça e cobriu sua boca, abafando um soluço - Você esteve em cima da Room Zero. Aquilo foi planejado perfeitamente. Quando alguém descobrisse que houvesse um subsolo, iria vasculhar e encontrar aquele espaço vazio e nem imaginaria que existe outro saguão bem abaixo daquele.

Algo ou alguém soou o alarme, num dia em que a capacidade do parque estava no máximo. O aviso era claro. Eles estavam sofrendo um suposto ataque aéreo.

Os seguranças levaram todos para a Room Zero. Lá, eles foram ordenados a colocarem suas máscaras e acolherem-se durante o bombardeio.

Tudo estava calmo nos primeiros trinta minutos, exceto as crianças que choravam e os sussurravam assustadas. Ninguém queria morrer, então os pais eram gratos de alguma forma por esta estranha medida de segurança.

Então, alguém deu o primeiro grito.

- EI! - um homem gritou - Pare de me beliscar!

Uma onda de gritos começou a se alastrar na multidão, de uma parede à outra.

- QUEM ESTÁ CORRENDO? ACALMEM-SE! - Alguém gritou.

- Quem está rindo? Isso não tem graça!

- Ow! Quem pisou no meu pé?!

Apesar dos guardas de segurança pedindo para manterem a calma, a multidão ficou ainda mais agitada, até que, finalmente, depois de quase uma hora de loucura...

As luzes se apagaram.

Todos morreram.

O que veio em seguida só pode ser descrito como caos. No escuro, somente as paredes dos jovens e os gemidos dos adultos podiam ser ouvidos em um maciço, inchaço que sangrava os ouvidos de todos dentro daquela câmara de eco negra.

Um grupo de membros da equipe e alguns poucos funcionários conseguiram atravessar a porta, dispostos a enfrentar a guerra acima, ao invés da insanidade abaixo. O que eles encontraram, porém, foi um parque temático desolado, ainda intocado.

Não havia ataque nenhum. A música continuava a tocar, ecoando pela cidades de contos de fadas em silêncio.

Ao retornar à Room Zero, os poucos que ficaram no topo da escada aço que chumbo na escuridão se levantaram, não ouvindo nenhum sinal de batalha anterior. Havia apenas silêncio.

Aida desceu as escada, apesar da mendicância daqueles que deixou acima.

Ela alcançou as portas reforçadas, agora inundado na escuridão e ouvindo apenas o zumbido nos ouvidos.

Uma única voz saiu da escuridão. O eco tornou impossível dizer se a voz rouca, veio da parte de trás do abrigo ou se foi bem na frente de seu rosto.

-Feche a porta, querida. Você está deixando mais frio aqui dentro.

Dominada pelo terror, ela fez exatamente isso. Dentro de dias, a coisa toda... Abrigo, escadaria, tudo... estava coberto com os pés em cima de pés de cimento. Sistemas de ar e geradores acima de seu teto foram removidos, criando o grande espaço vazio.

- Eles ainda estão lá embaixo - Aida disse para Hammer - Com quem quer que fosse, de alguma maneira, eles não estão mortos.

Você pode notar que o único nome verdadeiro que usei foi o da Aida.

Infelizmente, ela faleceu logo após contar sua história. Queda acidental, supostamente, depois de sair da cama para acender a luz.

"Uma adoradora do seu antigo emprego", o jornal local publicou, devido as várias silhuetas do Mickey que foram encontradas em sua casa. Silhuetas que não estavam lá quando visitei o local após o acidente, e silhuetas que estão começando a aparecer em meu apartamento.
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Lestrigões

quinta-feira, 7 de abril de 2016.

Lestrigões são uma tribo de gigantes antropófagos da mitologia greco-romana. 


                  O termo lestrigão foi derivado da palavra grega laisêion, ¨couro cru¨ ou ¨pele¨ e trigaô, ¨reunir¨. 


                São conhecidos por serem ativos, dedicados, eficientes e praticamente incansáveis, trabalham dia e noite como pastores e se alimentam do próprio rebanho, também comem qualquer humano que aparecer pelas suas terras.
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