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O Colecionador de Fósseis

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015.
A noite era escura, enquanto rodava com meu carro, avistei pela janela uma mulher andando, pequena, apressada, mas também pudera, onze da noite, por essas bandas era realmente perigoso.

Aproximei-me dela, com os faróis na meia luz, e ao me ver, ela tentou correr, porém enquanto olhava para trás, acabou batendo em uma cerca e caindo. Rapidamente desci do carro e ao aproximar-me mais, percebi que era o tipo de mulher que eu gostava, pele clara, cabelo liso, olhos verdes (não sei porque, mas olhos verdes me fascinam, parecem mostrar melhor a alma da pessoa), ela ainda estava acordada, mas com três chutes na cabeça, resolvi esse problema.

A rua estava deserta então não tive problemas em amarrar-lhe os punhos e coloca-la no meu banco do carona, também amordacei sua boca, pra não correr nenhum risco. Rodei para fora da cidade, em direção ao ‘meu canto’, que na verdade é galpão herdado de meu pai, mas que estava inativo até metade do ano passado.

Ao chegar á 200 metros do meu canto, desliguei os faróis, e segui em marcha lenta, adentrando o portão que já estava aberto. Desci do carro, fechei o portão e liguei as luzes.

Ah! Como aquilo me fascinava, havia entulho na maior parte do espaço, mas em um canto, MEU CANTO, estava tudo em ordem, minha maca, as pulseiras de couro, meus utensílios.

Abri a porta do carona, e dei alguns tapas na cara de minha nova amiga para que acordasse, gostava de fazer isso com elas despertas, dava mais emoção.

Ao acordar aqueles belos olhos verdes mostraram muito pânico, o que aumentou minha expectativa de acabar logo com aquilo, e ver o quanto ela aguentaria.

Arrastei-a pelos cabelos ao som de grunhidos até a maca e como ela ainda estava tentando escapar, dei-lhe dois bons socos, que pareceram acalma-la. Ergui-a e coloquei sobre a maca, não era pesada, 50 kilos no máximo. Afivelei as pulseiras em seus braços e pernas, e deixei sua mordaça, ela ainda estava forte para que fosse retirada, e gritaria com certeza.

Ela girava aqueles belos olhos verdes de um canto a outro tentando ver onde estava, e o que estava acontecendo. Pedi que ela se acalmasse, que logo aquilo iria acabar.

Preparei-me colocando um avental, luvas de borracha e um óculos (aqueles que médicos usam em suas cirurgias) e me dirigi até a bancada móvel. Coloquei algumas coisas sobre ela, e arraste-a ao lado da maca, numa distância onde pudesse alcançar confortavelmente sem precisar levantar.

Ela já estava de novo agitada, e resolvi começar logo. Com um bisturi rasguei sua blusa, deixando-a presa apenas pelas mangas, e vi como sua barriga era lisa, seus seios fartos, seus ossos saltados.

Deixei o bisturi sobre a bancada, e peguei uma lâmina de açougueiro, comprida, fina e muito bem afiada. Segurei seu seio direito, e com um corte seco, arranquei-o. Embora fosse mais prazeroso, não podia fazer isso demoradamente, pois estragaria sua utilidade posterior (faria pesos de papel com aqueles belos seios, retirando sua carne, e completando com alguma coisa, para dar peso).

Ao cortar seu seio, ela gemeu, alto, mas apenas eu pude ouvir, pois além da mordaça, eu ouvia música (This is Hallowen – Marilyn Manson, a qual era minha favorita para essas horas). Olhei-a e sorri, e naqueles lindos olhos verdes, vi a dor que sentia, e aquilo me fez gargalhar, e dizer que aguentasse um pouco mais.

Depois de cortar o outro seio da mesma forma, ela chorava, e o sangue manchava todo o meu avental. Essa era uma das minhas partes prediletas, o sangue esguichando, sujando tudo ao redor, resquícios de vida deixando uma pessoa e se incorporando em outros objetos.

Ao perceber que ela desmaiara, levantei-me e busquei uma injeção de adrenalina, pois qual é a graça de fazer isso, se a pessoa não puder compartilhar com você sua alegria?

Esperei a adrenalina fazer efeito, e ao notar que ela estava acordada novamente, me sentei e voltei a me divertir.

Dessa vez usei o bisturi e brinquei com sua barriga, nada profundo, apenas desenhando em sua pele, e vendo o temor em seus olhos aumentando.

Mas por um impulso, ou sede de sangue, não sei, apertei o bisturi contra o lado do seu corpo, e na mesma rapidez, o retirei. Sangue voou novamente, coloquei meu dedo no corte, e ao ver a luvas vermelha, coloquei-a na boca. Aquele gosto de ferrugem, amargo, fez com que meu coração pulsasse de euforia, e resolvi dar cabo naquilo de uma vez...

Arrastei minha cadeira para suas pernas, e com uma serra reforçada, comecei o árduo trabalho de desmembrá-la os pés e joelhos, pois esses iriam para minha coleção de ‘fósseis’.

Depois disso não esperava muito dela, apenas que estivesse viva, mas sabia que não iria ter muito tempo, pela hemorragia dos cortes...

Então levantei de minha cadeira, e me debrucei sobre seu peito (aberto, sangrando, podia ver seu coração batendo com sofreguidão) e vi que seus olhos ainda continham vida, e isso me alegrou, ‘essa é forte’ lembro de ter pensado.

Então peguei sobre a bancada uma mini furadeira, que havia comprado nessa mesma tarde numa loja de ferragens, para tentar um final novo.

Ao ligar a furadeira seus olhos pouco se moveram em direção a ela, e então cravei sua ponta retorcida na testa, bem no centro, fazendo um único e vermelho furo, que vazou sangue por cerca de quinze minutos.

E enquanto o metal destruía o osso de seu crânio, observei seus olhos perderem a alma, a vida. Os mesmo olhos que vejo agora, dentro deste pote sentado em minha poltrona. Pois nos dias de hoje já não posso mais sair e caçar, minha velhice não me permite mais, mas posso voltar a todas as 19, em minhas lembranças, e vivencia-las, com a mesma emoção de quando as fazia.

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O Aviso da Mamãe

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015.
Minha mãe sempre me proibiu de abrir a porta do porão, mas eu queria saber o que estava fazendo aquele barulho lá em baixo, porque fazia um barulho parecido com de cachorrinho e eu sempre quis ter um cachorrinho, então eu abri a porta do porão e desci um pouquinho os degraus, eu só queria dar uma espiada no cachorrinho, só isso.

Eu não vi o cachorrinho então mamãe veio e me puxou os degraus a cima e gritou para eu nunca mais ir lá em baixo de novo, nunca nunca nunca. Mamãe nunca tinha gritado antes comigo assim então fiquei assustado e chorei. Ela pediu desculpas e me deu biscoitos. Era de gotas de chocolate que é o meu favorito, e eu já estava me sentindo melhor, então não perguntei porque o menino no porão estava chorando como um cachorrinho ou porque ele não tinha mãos nem pés.


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Error 404

Eu tinha um primo muito querido que por algum motivo surtou e acabou internado em um hospital psiquiátrico.Na época não fazia sentido a situação que ele se encontrava. A única explicação lógica seria o uso de drogas, mas após exames toxicológicos foi comprovado que seu organismo estava completamente limpo. Mas isso não importa mais, pois ele está morto.

Nós éramos muito próximo, quase irmão e fui o primeiro a saber de sua morte estranha. Seu pescoço foi esmigalhado e ninguém sabe como isso ocorreu. Eu o visitava frequentemente e toda vez o via ele estava com um laptop velho, cheio de marcas arranhões e trincados no colo (inclusive na ocasião de seu falecimento)e ficava encarando sua tela por horas. Ele sempre reclamava do erro e eu sempre prometia que iria arrumar para ele.

Após a trágica notícia, pedi que deixassem o laptop comigo como uma lembrança o que me foi gentilmente permitido. Deixei o laptop na estante do meu quarto e esqueci dele durante meu luto. Algum tempo depois resolvi ligá-lo, por curiosidade, e para minha surpresa ele funcionou perfeitamente. Após alguns cliques surge uma tela de login. O plano de fundo era uma imagem com uma paisagem em preto e branco e um homem de casaco preto bem ao fundo, quase imperceptível e com um grande ERRO escrito em vermelho e como usuário erro. Cliquei e abriu um sistema operacional que não conhecia. Pensei que poderia ser alguma versão de Linux ou alguma modificação do Windows.

Ao vasculhar o sistema vi que não tinha nada, nenhum arquivo ou pasta e ainda sim constava 404 megas usados no HD. O laptop apagou sozinho, e após algumas tentativas frustradas eu deixei de lado novamente.
6 dias depois , às 4:04 da madrugada eu sou acordado com um som alto, ritmado e repetitivo. Era um som muito estranho. Recuperado do susto vi que estranhamente o som vinha do laptop. Era uma série de sons curtos outros longos se repetindo. Quando toquei o laptop ele parou subtamente. Por via das dúvidas eu retirei a bateria.

Os dias se passaram e tive sonhos estranhos. Sonhava com aquele som do laptop e com o homem no casaco preto sempre parado ao longe me observando.

6 dias se passaram e mais um grande susto veio. Novamente fui acordado com a batida repetitiva e estranha. O som vinha do laptop.

Nessa hora eu fiquei assustado. Como o laptop pode estar ligado se ele está sem bateria?

Me levantei apreensivo e fui até ele. Qdo o toquei o som parou. Me afastei devegar mas notei um som muito suave e uma luz tênue saindo da tela. Mais curioso que medroso abri para ver o que era.
Estava passando um vídeo. Era difícil identificar alguma coisa pois estava muito escuro e só dava para ver silhuetas. Pareciam um aglomerado de pessoas dentro de um espaço pequeno se movimentando estranhamente e gemendo ou balbuciando coisas sem sentido. Uma das pessoas veio desorientada se aproximando da câmera.

Enquanto ela vinha o som das batidas repetitivas voltou a tocar bem baixinho.

Quando a pessoa chegou perto a tela deu 3 rapidas piscadas e eu vi uma coisa que me aterrorizou até o mais profundo da minha alma. Piscou uma vez. A pessoa que estava se aproximando era o meu primo com suas órbitas ocas no lugar dos olhos, e gemendo inaudível. Ele estava sem a língua. Piscou duas vezes o som da batida aumentou subitamente. Piscou três vezes o homem de casado preto estava atrás do meu primo e torcia seu pescoço com a mão como se fosse papel. Mais uma cena meu primo com o pescoço torcido grita 404. De susto e totalmente amedrontado joguei o laptop longe Apareceu na tela ERRO 404 e se desligou.

Depois desse dia não consegui mais comer, dormir, sair de casa direito. Aquele maldito som não parava de repetir na minha mente. Sonho constantemente com o homem de casaco preto. As vezes parece que eu o vejo pelo visão periférica me observando. Para todo lugar que olhava eu via ERRO estou ficando louco!
6 dias se passaram desde aquela terrível experiência e agora são 4 da madrugada. Estou com medo.Depois de muito pensar, descobri o que significa o maldito som. É código Morse... e quer dizer... 404!!! QUATROCENTOS E QUATROOOOOOOOOO.

Parece que alguem está aqui no quarto. Eu não consigo vê-lo mas sei que ele está aqui! Está dificil me concentrar e digitar está tudo girando...

Acho que hoje vai acontecer alguma erro, minha cabeça não está 404, acho que preciso de erro, se alguém erro essa 404 por favor me erro! Não sei o 404 pode erro hoje mas não 404 mais esperanças........................erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404 erro 404 error 404erro404kjf0984i-98-9gt 4y98pojk- tyiptj3p4iu 3-[y0i-59yjpiojheq 9iu............................................................................................................

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ERRO 404 - HOPE NOT FOUND
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Era Apenas Um Jogo

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015.
Quero começar isso dizendo que eu nunca quis que nada disso acontecesse há nenhum de nós , e que mesmo não gostando muito dela... Não queria que nada disso tivesse ocorrido.

Para que entenda melhor o que quero lhe dizer , voltaremos a aquele maldito dia , o dia em que estamos todos na sala de aula quando Mari chegou e disse sobre um jogo novo que precisamos tentar , era um tabuleiro e ela disse que precisaríamos de um copo médio de vidro para jogar , marcamos de nós encontrar no mesmo dia pela tarde .

Todos fomos para a casa de Mari que estava só seus pais haviam viajado à negócios e só voltariam à duas semanas então ,aproveitamos isso , resolvemos jogar no andar de cima da casa onde haviam uma pequena sala de estudos a qual quase ninguém usava , então todos fizemos o juramento e fizemos as primeiras perguntas.

Até que uma de nós , Fátima , resolveu perguntar algo sobre a vida dela , e bem sem nem mesmo tocarmos no copo , ele se mexeu e respondeu a pergunta dela , sua irmã que também estava no jogo começou a ficar estérica e queria sair de todas as maneiras e bem , quando chegou sua vez pediu para que pudesse sair e mais uma vez o jogo disse "NÃO".

Após alguns tentativas de sair negadas ela entrou em pânico e não aguentava mais aquilo , vendo o desespero dela nós decidimos parar o jogo e queimar o tabuleiro , e bom depois daquilo nós nunca fomos as mesmas , aquilo , o que quer que fosse aquilo que conversou com a gente está nos perseguindo , três de nós incluindo Fátima se foram... E bem , eu temo que a próxima sou eu...

E eu temo que , não passe de hoje , aquilo que conversamos não era humano , e tudo o que ele queria era um ponte para o nosso mundo e ele vai destruir à todos os que cruzarem seu caminho agora ...
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O Pequeno Sam

domingo, 22 de fevereiro de 2015.
13 de Maio, 1996

Meu nome é Brienne, tenho 15 anos e tenho o sonho de me tornar escritora daqui alguns anos. Decidi escrever este diário para praticar minha escrita e passar o tempo.

Minha família é grande, tenho três irmãos e moramos com nossos pais em uma casa humilde, mas grande o suficiente para todos nós.

Amanhã meu irmão Sam completará sete anos de idade, será um longo dia.

14 de Maio

Hoje acordamos bem cedo, fomos ao zoológico, em uma lojinha infantil entediante e depois comemos um bolinho em homenagem ao Sam. Meus aniversários nunca são legais assim.

Parece que meu irmãozinho se apaixonou por um livro infantil que ganhou de um tio qualquer.

15 de Maio

Como eu odeio o Domingo!

Tivemos que ir almoçar na casa da vovó Lianne, a única pessoa que foi realmente feliz pra lá foi o Sam, que não desgruda do estúpido livro. O livro, além de velho, tem desenhos mal feitos e uma leitura estranha.

20 de Maio

Tem sido uma semana corrida aqui em casa. Meu irmão mais velho caiu da escada enquanto descia do quarto para a sala e está internado, meu pai tem estado irritado esses dias, meu outro irmão vive trancado no quarto, mamãe está muito abatida e Sam não desgruda do livro nem pra tomar banho.

23 de Maio

Estamos sem notícias sobre o estado de saúde de Martin, meu irmão que caiu da escada. Tenho certeza que os médicos estão escondendo algo da gente. Encontrei Tom, meu irmão do meio, chorando ontem. Ele anda afastado de todos, mamãe está arrasada.

30 de Maio

Minha vida está desmoronando.

Martin está morto, assim como Tom. Tudo em apenas uma semana, não sei de onde estou tirando forças para escrever.

Sobre Tom, ele foi encontrado morto no quarto. Mamãe bateu na porta depois de ouvir um barulho muito alto e lá estava ele, estirado no chão. No relatório diz suicídio, um absurdo.

Martin não resistiu aos ferimentos de um simples tombo da escada, tudo isso está muito confuso.

02 de Junho

Como se tudo que vem acontecendo não bastasse, mamãe e papai brigaram feio e se separaram. Consegui ouvir do meu quarto parte da conversa em que papai dizia que Sam precisava de tratamento psicológico.

Eu teria ouvido mais se Sam não estivesse gritando “FORA!” durante a discussão.

04 de Junho

Nunca me senti tão sozinha. Meus irmãos (exceto Sam) estão mortos, papai saiu de casa e não entra mais em contato, mamãe parece cada dia mais esgotada e parece que só tem o Sam de filho. Já Sam, nunca o vi mais estranho, ele parece estar me seguindo por todos os cômodos. Jamais me esquecerei de ontem, quando pedi pra ver seu livro, ele se encheu de fúria e gritou algo como: “Não me chame de Sammy e nunca toque em meu livro!”

O mais estranho disso tudo, foi que mamãe viu ele gritando desse jeito comigo e apenas abaixou a cabeça e o levou para o quarto.

Preciso dormir!

05 de Junho

É provável que eu já esteja morta enquanto você lê isso, não tenho mais nada a fazer, minha vida está condenada.

Acordei de madrugada com mamãe gritando com Sam e depois ouvi ela gritar para que eu trancasse a porta. Pensando que mamãe estivesse em perigo, abri a porta de leve e vi algo que jamais me esquecerei:

Sam vinha correndo de quatro pelo corredor, com o livro pendurado na boca, estava coberto de sangue. Pensei em ajuda-lo, mas o jeito demoníaco que ele se movia fez com que eu trancasse a porta. Ouvi uma batida surda na porta e percebi que ela não resistiria, então arrastei minha escrivaninha pra frente dela e me escondi atrás da cama. A barricada que fiz não irá durar muito.

Estou sentindo a madeira se rachando, ele estará aqui em breve. Já gritei pela mamãe, mas acho que aconteceu algo com ela, ela não responde.

Agora entendo o que aconteceu com meus irmãos, sou a próxima da fila, a última.

A porta não resistiu, Sam entrou, e ele não está sozinho.

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